RINS SISTEMA PRIMARIO, URINA SUA FORMAÇÃO PRIMARIA E SECUNDARIA

INTRODUÇÃO

No presente trabalho abordaremos sobre “Rins sistema primário, urina sua formação primária e secundaria” em que posteriormente, o sistema urinário é composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Além de eliminar substâncias desnecessárias e prejudiciais (como resíduos metabólicos das células, toxinas, etc), este sistema realiza também outras funções muito importantes para o nosso organismo.

RINS SISTEMA PRIMARIO, URINA SUA FORMAÇÃO PRIMARIA E SECUNDARIA

Rim é definido como cada um dos órgãos excretores dos vertebrados. Este é o principal órgão que compõe o sistema excretor e o mor regulador, responsáveis por filtrarem de jeitos presentes no sangue e excretá-los juntamente com água. Nos humanos, os rins ficam localizados na região posterior do abdómen, atrás do peritónio, sendo, por isso, chamados de órgãos retroperitoniais. Há um rim em cada lado da coluna, sendo que o direito está localizado logo abaixo do fígado e o esquerdo abaixa do baço. Acima de cada um encontra-se a glândula adrenal ou supra-renal.
Macroscopicamente, nos humanos adultos, este órgão mede entre 11 a 13 cm de comprimento, com 5 a 7,5 cm de largura e 2,5 a 3 cm de espessura, pesando cerca de 125 a 170 gramas no homem e 115 a 155 gramas na mulher. Possuem formato de feijão, com uma borda convexa e outra côncava, na qual se encontra o hilo, de onde sai e entram o uréter, os nervos e vasos sanguíneos. O hilo possui também dois ou três cálices, que se reúne para originar a pélvis renal, parte superior, dilatada, do uréter. O ruim é formado pela cápsula, de tecido conjuntivo denso, a zona cortical (camada mais externa e pálida) e a zona medular (zona mais interna e escura).

A zona medular é composta por 10 a 18 pirâmides medulares, ou de Malpighi, cujos vértices apresentam saliências nos cálices renais, denominadas papilas, que desembocam nos ductos colectores, pelos quais a urina passa alcançando a pelve renal e o uréter. Da base de cada pirâmide saem os raios medulares, que penetram na região cortical do rim. Cada lobo renal é composto por uma pirâmide e pelo tecido cortical que recobre suas bases e seus lados. Um lóbulo é formado por um raio medular e pelo tecido cortical encontrado em sua periferia, delimitado pelas arteríolas interlobulares.
Cada rim é constituído por 1 a 4 milhões de néfrons, que são as unidades funcionais dos rins, pois é capaz de realizar todas as funções renais. Este, por sua vez, é constituído por uma região dilatada, denominada corpúsculo renal ou de Malpighi (composto pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman), pelo túbulo contorcido proximal, pelas regiões delgada e espessada da alça de Henle, pelo túbulo contorcido distai e pelos túbulos e ductos colectores.
Os rins apresentam como função:
·         Expulsar do organismo substâncias tóxicas provenientes do metabolismo, como ureia e creatinina;
·         Manter o equilíbrio de electrólitos no organismo;
·         Regular o equilíbrio ácido - básico, mantendo o pH sanguíneo constante;
·         Regular a osmolaridade e volume de líquido corporal, retirando do corpo o excesso de líquido;
·         Eliminação de substâncias exógenas, como fármacos;
·         Síntese de harmónios, como eritropoetina, cininas e prostaglandinas;
·         Modificar a forma da vitamina D que alcança o rim, após ocorrida a conversão em uma forma possível de ser transportada na corrente sanguínea;
·         Produção de urina para desempenhar suas funções de excreção.

A URINA

A urina é um líquido transparente, amarelado, formado nos rins e que transporta produtos residuais do metabolismo até ao exterior do organismo. Ela é constituída por 95% por água, na qual a ureia, toxinas e sais minerais, como o cloro, o magnésio, o potássio, o sódio, o cálcio, entre outros (que formam os restantes 5%), estão dissolvidos. Também pode conter substâncias comuns, utilizadas frequentemente pelo organismo, mas que se podem encontrar em excesso, pelo que o corpo tem de se ver livre delas.

FORMAÇÃO DA URINA

Como todos sabemos, a urina é formada nos rins, órgãos em formato de feijão e de cor marrom-avermelhada localizados na região posterior da cavidade abdominal. Durante o processo de formação da urina, esses órgãos filtram o sangue, reabsorvem parte do material que foi filtrado e secretam algumas substâncias.
A unidade funcional do rim é o néfron, uma estrutura formada pelo corpúsculo renal e o túbulo néfrico (observe a figura a seguir). O corpúsculo renal é formado pela cápsula glomerular que envolve um enovelado de capilares chamados de glomérulos. Desse corpúsculo parte o túbulo néfrico, que é dividido em três regiões básicas: o túbulo proximal, alça de Henle e túbulo distal. Esse último desemboca no ducto coletor.
O sangue que será filtrado é trazido até os rins através das artérias renais, que se ramificam através do órgão até formarem ramos finos chamados de arteríolas aferentes. São essas arteríolas que penetram na cápsula glomerular e formam o glomérulo. O sangue sai do glomérulo através da arteríola eferente.
A formação da urina ocorre em três etapas básicas que serão descritas a seguir:

- Filtração:  Essa primeira etapa ocorre na cápsula glomerular e é um processo passivo.  Caracteriza-se pela saída do filtrado do plasma do interior do glomérulo para a cápsula. Isso ocorre em virtude da alta pressão do sangue nesse local. O chamado filtrado glomerular, ou urina inicial, é livre de proteínas e assemelha-se ao plasma sanguíneo.
- Reabsorção:  O filtrado resultante da etapa da filtração apresenta substâncias que são bastante importantes para o organismo e devem ser reabsorvidas. A reabsorção ocorre no túbulo néfrico, principalmente nos túbulos proximais, e é importante para evitar a perda excessiva de substâncias, tais como água, sódio, glicose e aminoácidos. Esse processo é responsável por determinar como será a composição final da urina.
A concentração da urina formada é regulada através da secreção de ADH (harmónio antidiurético) pela neuro-hipófise. Esse harmónio actua aumentando a permeabilidade dos túbulos distais e ductos colectores, fazendo com que ocorra uma maior reabsorção de água. A liberação de ADH é maior quando bebemos pouca água, pois é uma forma de o corpo diminuir a eliminação dessa substância que está escassa no momento.
É importante frisar que algumas substâncias estão em concentrações muito elevadas no nosso organismo. Sendo assim, elas não são completamente reabsorvidas e parte é perdida na urina. Pessoas portadoras de diabetes melito, por exemplo, apresentam grande quantidade de glicose no sangue e consequentemente na urina.
- Secreção:  Algumas substâncias presentes no sangue e que são indesejáveis ao organismo são absorvidas pelas células do túbulo contorcido distal. O ácido úrico e amônia fazem parte dessas substâncias que são retiradas dos capilares e lançadas ao líquido que formará a urina.
Após passar por toda a extensão do túbulo néfrico, a urina está formada. Ela então é conduzida até os ureteres, que a levarão até a bexiga, onde permanecerá até sua eliminação.

FORMAÇÃO DA URINA PRIMARIA E SECUNDARIA

 Após as reacções do metabolismo as células do nosso organismo precisam eliminar as excretas que produziram. A urina é composta basicamente de resíduos orgânicos: ureia, creatinina, amónia, ácido úrico e outros.
O sangue chega aos rins pela artéria renal e sai dos mesmos pelas veias renais, que despejam o sangue, já filtrado, na veia cava; a urina formada segue para os ureteres.
A arteríola aferente é um ramo da artéria renal e numa região envolvida pela cápsula de Bowman ela enovela-se formando o glomérulo. Quando o sangue passa pelo glomérulo uma parte do plasma extravasa através da cápsula de Bowman; é o processo de filtração. O filtrado glomerular possui tantas substâncias úteis ao organismo, como glicose, água, sais minerais, aminoácidos e vitaminas, quanto excretas inúteis ao organismo. As substâncias úteis precisam ser reabsorvidas, ou seja, passar dos túbulos do néfron para os capilares que os envolvem por meio de mecanismos especiais que as células dos túbulos possuem; é o processo de reabsorção.
Ao longo do trajeto pelos túbulos do néfron também ocorre a passagem de algumas substâncias dos capilares para os túbulos; é o processo de secreção. Desta maneira pode-se dizer que dá formação da urina fazem parte os processos de filtração, reabsorção e secreção de substâncias, e desses processos resta nos túbulos do néfron as excretas (principalmente uréia) e o excesso de sais minerais e água. A urina segue para o túbulo coletor e deste sai dos rins através dos ureteres e é armazenada na bexiga urinária onde é eliminada para o meio exterior através da uretra. O enchimento da bexiga é detectado pelos receptores de estiramento da bexiga. A excitação desses receptores desencadeia contracção reflexa do músculo liso, e cada contracção ocasiona outra contracção porque os receptores de estiramento são intensamente excitados cada vez que a bexiga contrai mas não esvazia. Já a quantidade e composição da urina eliminada depende da regulação renal. ADH é um harmónio antidiurético que é produzido no hipotálamo e actua no túbulo contorcido distal dos néfrons estimulando a reabsorção passiva de água, em outras palavras, diminui a quantidade de urina.

SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário é compreendido pelos órgãos uropoiéticos (aqueles que produzem a urina e a armazenam temporariamente, e depois a liberam). Essa urina é composta principalmente por ácido úrico, ureia, sódio, potássio, bicarbonato, e em condições anormais também pode se encontrar glicose e proteínas. O sistema urinário participa da manutenção da homeostase através da eliminação de restos do metabolismo, de água e outras substâncias pela urina. O sistema urinário é formado por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra.
Esses órgãos ficam localizados na parte posterior do abdómen, são ditos retroperitoneais, estão atrás do peritónio, ou seja, estão na parte anterior da parede posterior do abdómen, em seu terço superior. O rim é um órgão que apresenta uma porção côncava e outra convexa. Na porção côncava se situa o hilo, local de entrada e saída de vasos, nervos e também a partir do qual os cálices renais formam a pélvis renal. Os rins são órgãos em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura, entre o peritónio e a parede posterior do abdómen, sua coloração é vermelho pardo, é protegido na sua face posterior pelas duas últimas costelas. Estão situados em cada lado da coluna vertebral, a frente da região superior da parede posterior do abdómen, entre a 11ª costela e a 13ª vértebra.
São órgãos retroperitoneais (atrás do peritónio). Na frente dele está o mesentério e o mesocólon. Para se acessar o retroperitônio, deve-se acessar os recessos parieto-cólicos direito e esquerdo (que se situam ao lado do mesocólon), então se corta o recesso, e joga o mesocólon para frente, chegando no retroperitônio, onde se localiza os rins. Alguns segmentos dos rins (principalmente das bordas laterais, das partes mais equidistantes do plano mediano) são envolvidos por uma película fina e pequena de peritónio (não é um órgão peritoneal pois isso só envolve uma pequena parte dele) e são circundados pela fáscia de Gerota, que é uma gordura que envolve todo o rim e tem função de protecção, amortecendo impactos mecânicos.
Cada rim tem cerca de 11 cm de comprimento, 5 a 7 cm de largura e 2,5 cm de espessura.
Na margem medial (ou côncava) de cada rim encontra-se o hilo renal, que é formado pela artéria renal, veia renal e ureter. Seio renal é um espaço onde se encontra o hilo (o hilo está contido dentro do seio).
A veia renal fica a frente da artéria renal, isso é útil na hora de discriminar se o rim é direito ou esquerdo, nas peças anatómicas.
Os músculos que têm íntimo contacto com a face posterior do rim são o pessoal e o quadrado lombar (que é a parte anterior da parede posterior do abdome). A borda medial é chamada côncava, a lateral é a convexa; temos também a extremidade superior, que é o pólo superior e a extremidade inferior que é o pólo inferior.
O rim pode ser separado em porção cortical e porção medular. Na medula observam-se de 10 a 18 pirâmides medulares, as quais apontam para os cálices e destes para a pélvis renal. Cada pirâmide contém de 400 a 500 raios medulares, os quais penetram no córtex.
Existe uma cápsula delicada que reveste o rim (que é um órgão parenquimatoso, sólido, como o baço e o fígado), tem a veia e a artéria renal, a pelve renal que vai dar origem ao uréter. A artéria renal vai se bifurcando para todas as regiões e esse sangue que entra pela artéria renal vai até a periferia, a partir de onde volta sendo filtrado. A filtragem da urina acontece centripetamente, a urina vai se formando à medida que o fluxo vai da periferia para a parte central. As lesões na região do hilo são mais letais, porque lesa a artéria, a veia renal, e a pelve, que são difíceis de ser reconstituídas. Já se a lesão for na margem, pode ser feita a remoção de uma pequena parte lesada.
A retirada total do rim se chama nefrectomia. Quando se faz um corte frontal do rim são reveladas as regiões: cortical (mais periférica) e a medular (mais interna). A medular consiste de 8 a 18 estruturas cuneiformes, que são as pirâmides renais, e as colunas renais (que ficam entre uma pirâmide e outra). No vértice de cada pirâmide se encontra uma papila, que fica em contacto com um pequeno cálice. A união de dois pequenos cálices formam o grande cálice e a união de dois ou mais grandes cálices formam a pelve renal, que por sua vez vai dar origem ao uréter. A base da pirâmide renal fica em contacto com o córtex renal.
O córtex e a pirâmide renal constituem a parte funcional do rim, que se localizam no parênquima. A unidade filtradora dos rins são os néfrons. Cada néfron é formado pelo corpúsculo de Malpighi, pelos túbulos contorcidos proximais e distais e pela alça de Henle.
Néfron: Menor unidade funcional constituída por uma cápsula glomerular (cápsula de Bowman), um glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de henle, túbulo contorcido distal e túbulos coletores. Temos nos rins: arteríola aferente e arteríola eferente. No córtex renal tem as estruturas glomerulares. As estruturas de alça de henle e tubo coletor adentram a pirâmide e desembocam na papila. A artéria renal chega no hilo, vai se bifurcando até chegar ao córtex, onde é filtrado pelos néfrons. A urina formada pelos néfrons drena para os ductos papilares, vão até as papilas renais, e vão até os cálices, depois para a pelve, ureter, bexiga e uretra. O sangue venoso, após perfundir toda a estrutura, volta pela veia renal.
O corpúsculo renal é formado por um aglomerado de capilares, conhecido como glomérulo, e envoltos pela cápsula de Bowman, que possui um folheto parietal, formado por células simples pavimentosas e o folheto visceral formado por células modificadas, com prolongamentos primários e secundários, estas células conhecidas como podócitos.
Os prolongamentos dos podócitos envolvem e abraçam os capilares, deixando pequenos espaços entre os prolongamentos secundários, fechados por uma membrana, e conhecidos como fendas de filtração. Além destas fendas de filtração, o filtrado tem de passar pelas fenestrações dos capilares e através de uma membrana basal espessa formada pelas células endoteliais e pelos podócitos.
A membrana basal de 100 a 300nm de espessura é a principal barreira no processo de filtração. Além das células endoteliais e dos podócitos, a estrutura glomerular apresenta ainda as células mesangiais. Habitando o espaço entre as células endoteliais, estas células desempenham importante papel de manutenção e limpeza da membrana basal. O filtrado glomerular, após atravessar a barreira de filtração, passa pelo espaço capsular e segue pelo túbulo contorcido proximal.

O túbulo contorcido proximal é formados por células cúbicas com borda em escova (microvilosidades), e na porção basal se observam dobras e interdigitações entre as células adjacentes. O citoplasma destas células é rico em mitocôndrias, o que lhes confere características acidófilas. O papel destas células e destes túbulos está na reabsorção de íons e outras substâncias do filtrado. Após passar pelo túbulo contorcido proximal, o filtrado segue para as alça de Henle, que é formada por uma porção descendente, em sua maior parte constituída por epitélio simples pavimentoso, e porção ascendente formada em sua maior parte por epitélio cúbico simples.
As alças de Henle têm o papel fundamental junto aos ductos coletores na concentração da urina e reabsorção de água. Após passar pela alça de Henle, o filtrado segue em direção ao túbulo contorcido distal. Estes túbulos também formados por epitélio cúbico simples, entretanto apresentam microvilos mais curtos e espaçados, além de um número menor de mitocôndrias, o que torna o citoplasma destas células menos acidófilos se comparados às células do túbulo contorcido proximal.
O túbulo contorcido distal se aproxima do corpúsculo de Malpighi do mesmo néfron, e suas células se modificam, tornando-se cilíndricas, recebendo o nome de mácula densa. Esta estrutura, em conjunto com as células justaglomerulares da túnica média da arteríola aferente, forma o complexo justaglomerular e funcionam na regulação do balanço hídrico e do equilíbrio iônico. O filtrado após passar pelo túbulo contorcido distal, deixa o néfron e deságua nos túbulos ou ductos coletores, os quais seguem em direcção as papilas. Os tubos colectores inicialmente são revestidos por epitélio cúbico e à medida que se fundem com outros tubos e se dirigem para as papilas se espessam e suas células tornam-se cilíndricas. Os tubos colectores actuam em conjunto com a alça de Henle na reabsorção de água.

FUNÇÕES DOS RINS

Além de excretar substâncias tóxicas, os rins também desempenham muitas outras funções. Abaixo estão listadas as principais funções renais:
·         Eliminar substâncias tóxicas oriundas do metabolismo, como por exemplo, a ureia e creatinina;
·         Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano, tais como: sódiopotássiocálciomagnésiofósforobicarbonatohidrogêniocloro e outras;
·         Regular o equilíbrio ácido-básico, mantendo constante o pH sanguíneo;
·         Regular a osmolaridade e volume de líquido corporal eliminando o excesso de água do organismo;
·         Excreção de substâncias exógenas como por exemplo medicações e antibióticos;
·         Produção de hormônioseritropoietina (estimula a produção de hemácias), cininas e prostaglandinas.
Modificar a forma da vitamina D que chega ao rim depois de ser convertida em uma forma possível de ser transportada pela corrente sanguínea no Fígado transformando esta num harmónio cuja função principal é aumentar a absorção de cálcio no intestino e facilitar a formação normal dos ossos
Produção de urina para exercer as suas funções excretórias.

FISIOLOGIA

Inicialmente o sangue vem por um vaso chamado arteríola aferente passa pelo glomérulo e sai pela arteríola eferente. O sangue é filtrado ao passar pelo glomérulo num processo chamado filtração glomerular. A quantidade de líquido que passa do glomérulo para a cápsula de Bowman (conhecido como filtrado glomerular) é muito grande, cerca de 170 litros por dia, sendo 99% desse total reabsorvido pelos túbulos renais, resultando em aproximadamente 1,7 a 2 litros de urina por dia.
O mecanismo de passagem do líquido e sua composição é devido ao equilíbrio entre as forças que tendem a manter o líquido nos vasos e as que tendem a expulsá-lo (Forças de Starling). Os dois principais factores são a pressão hidrostática, que favorece a passagem de líquido do sangue para a cápsula de Bowman, e a pressão osmótica, que impede a saída de líquidos do sangue.
Após ser produzido pelo glomérulo, o filtrado glomerular segue para os túbulos renais onde será processado para dar origem à urina. Em cada segmento dos túbulos renais, ocorrem movimentos ativos (com gasto de energia) e passivos (sem gasto de energia) para a reabsorção de água e electrólitos. Algumas substâncias, como electrólitos e medicamentos, são secretadas do sangue para o filtrado glomerular pelos túbulos renais. O líquido final resultante do processamento tubular é a urina.
Os rins actuam na manutenção do equilíbrio ácido-básico, regulam a concentração de bicarbonato (HCO3), o qual possui a função de tamponamento, excretando íons de hidrogénio e regulam a produção de eritrócitos, através da secreção de eritropoetina, um harmónio que estimula a síntese de eritrócitos, na regulação do volume sanguíneo, na regulação da pressão arterial, no PH do sangue e no nível de glicose do sangue.

SINTOMAS DOS RINS

Muitas doenças dos rins apresentam pouco ou nenhum sintoma nas suas fases iniciais. Boa parte dos pacientes só descobre ser portador de doença renal em estágios avançados, quando já não há muito o que fazer para salvar a função dos rins. A melhor maneira de se identificar precocemente as doenças renais é através de exames de sangue e urina. A dosagem da creatinina sanguínea nos permite calcular a taxa de filtração sanguínea dos rins, enquanto que o exame simples de urina, chamado de Urina 1 ou EAS, pode identificar a presença de sangue, proteínas, glicose ou outras substâncias que apontam para uma possível doença renal.
O grande problema é que, apesar de serem exames baratos e amplamente disponíveis para a população, o desconhecimento dos sintomas que indicam doenças renais faz com que boa parte das pessoas não procurem atendimento médico para avaliação dos seus rins. Portanto, frequentemente, as doenças renais não provocam sintomas relevantes, e quando o fazem, os pacientes não sabem reconhecê-los. Antes de seguirmos em frente, não deixe de assistir a esses dois curtos vídeos de 3 minutos, produzido pela equipe do MD.Saúde, que explica de forma simples a insuficiência renal, o exame da creatinina e os sintomas da infecção urinária.
Neste artigo vamos falar de dez sinais e sintomas comuns das doenças dos rins. Se você reconhecer qualquer um desses sintomas, procure um médico para fazer uma avaliação dos seus rins.

SINAIS E SINTOMAS DE DOENÇAS RENAIS

1-    Sintomas dos rins– Sangue na urina (hematúria)
Hematúria é o nome que damos à presença de sangue na urina, seja ela visível a olho nu ou apenas detectável em análises de urina. A presença de sangue visível na urina recebe o nome de hematúria macroscópica. Urinar sangue costuma assustar os pacientes, pois é senso comum que este é um sinal de que há algo errado nas vias urinárias. Dificilmente uma pessoa com sangue na urina não toma a iniciativa de procurar atendimento médico.
O grande problema é quando a perda de sangue é imperceptível. A hematúria microscópica é aquela que só é identificada através de exames de urina. Este tipo de sangramento na urina pode passar despercebido por anos, já que não é detectável a olho nu.
2-    Sintomas dos rins 2 – Urina espumosa
É perfeitamente normal que surja um pouco de espuma no vaso sanitário quando urinamos devido ao turbilhonamento do jato de urina na água. Entretanto, se você notar uma mudança no padrão da espuma da urina, principalmente se houver aumento na quantidade e no tempo que ela leva para desaparecer, isso pode indicar doença dos rins.
3-    Sintomas dos – Edemas (inchaços)
Os rins são os órgãos que controlam o volume de água e sódio (sal) em nosso organismo. Na insuficiência renal em fases avançadas há uma redução da eliminação de sódio pelos rins e acúmulo de água, o que leva à formação de edemas. Os edemas também ocorrem quando há grandes perdas de proteínas na urina, um quadro chamado de síndrome nefrótica. Os inchaços costumam surgir nos pés e tornozelos, subindo em direção às coxas conforme a doença progride. Em casos mais graves, pode haver retenção de líquidos nos pulmões, o que pode levar a um quadro chamado de edema agudo do pulmão.
4-    Sintomas dos rins– Hipertensão
A retenção de sódio e água não provoca só edemas, mas também leva à hipertensão arterial. Tanto a insuficiência renal crónica quanto as glomerulonefrites frequentemente cursam com elevação da pressão arterial. É sempre bom lembrar que a hipertensão arterial é uma das doenças mais comuns na população e que mais de 95% dos pacientes com hipertensão não apresentam doença renal. Deve-se suspeitar de doença dos rins no paciente que desenvolve hipertensão subitamente, geralmente associada a um ou mais dos sinais e sintomas descritos neste texto. Pacientes cuja a hipertensão arterial sempre foi bem controlada com medicamento, mas que de repente apresentam piora da mesma, também devem ser investigados para doença renal. Outra causa de hipertensão de origem renal é uma doença chamada estenose da artéria renal, que nada mais é do que uma obstrução parcial da artéria renal, responsável por levar sangue ao rins.
5-    Sintomas dos rins – Anemia
O rins produzem um harmónio chamado eritropoietina, que é responsável por estimular a medula óssea a produzir hemácias (glóbulos vermelhos). Quando a função renal fica comprometida, como em fases avançadas da insuficiência renal crónica, há uma queda na produção de eritropoietina, fazendo com que o paciente desenvolva anemia.
6-    Sintomas dos rins – Cansaço
O cansaço na insuficiência renal pode ter várias causas. A mais comum é a presença da anemia, explicada acima. Porém, o acúmulo de toxinas no organismo, assim como o aumento da acidez no sangue (chamado de acidose), também podem causar inapetência. O paciente insuficiente renal crónico em fases avançadas cansa-se com facilidade e tem pouco ânimo. Se o paciente for idoso, o mesmo pode torna-se apático.
A retenção de líquidos nos pulmões citada no item 3. Também pode causar cansaço e falta de ar.




CONCLUSÃO

Depois a pesquisa feita concluiu-se que como todos sabemos, a urina é formada nos rins, órgãos em formato de feijão e de cor marrom-avermelhada localizados na região posterior da cavidade abdominal. Durante o processo de formação da urina, esses órgãos filtram o sangue, reabsorvem parte do material que foi filtrado e secretam algumas substâncias.
A unidade funcional do rim é o néfron, uma estrutura formada pelo corpúsculo renal e o túbulo néfrico (observe a figura a seguir). O corpúsculo renal é formado pela cápsula glomerular que envolve um enovelado de capilares chamados de glomérulos. Desse corpúsculo parte o túbulo néfrico, que é dividido em três regiões básicas: o túbulo proximal, alça de Henle e túbulo distal. Esse último desemboca no ducto coletor.
O sangue que será filtrado é trazido até os rins através das artérias renais, que se ramificam através do órgão até formarem ramos finos chamados de arteríolas aferentes. São essas arteríolas que penetram na cápsula glomerular e formam o glomérulo. O sangue sai do glomérulo através da arteríola eferente.




BIBLIOGRAFIA

Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.
Arquivado em: Sistema Urinário
Formação da urina: Por Vanessa Sardinha dos Santos
MILLER, Otto. GONÇALVES. R. Reis. Laboratório para o Clínico. 8. ed. São Paulo: Atheneu, 1999. ISBN 85-7379-038-5