as rivalidades europeias
INTRODUÇÃO
Neste trabalho com o tema a revalidade europeia na região
poderei falar sobre as implicações e as diferenças das ideias dos líderes
políticos dos países europeus que desde muitos anos ouve sempre implicações nas
suas lideranças e que muitas das vezes a vítima vem sendo o povo. A União
Europeia não tem remédio ou arranjo não é reformável. Prenhe de contradições,
cada novo passo na integração capitalista europeia representará acrescidos e
reforçados ataques aos direitos dos trabalhadores e à soberania dos povos,
pois, como a realidade aí está a demonstrar, é da sua natureza e propósito ser
um instrumento de domínio das grandes potências e dos grandes grupos económicos
e financeiras. Pelas suas implicações e consequências, o acompanhamento da actual situação
do processo de integração capitalista europeu – a União Europeia – e das
perspectivas que vão sendo delineadas para o seu futuro próximo exigem uma
acrescida e necessária atenção.
AS RIVALIDADES ENTRE AS POTÊNCIAS EUROPEIAS NO SÉCULO XVIII
Até 1905, fatores
diplomáticos deram à Alemanha segurança no campo da corrida armamentista. Com o
cerco de 1914, o rápido desenvolvimento do complexo militar industrial da
Rússia e dos gastos alemães com armamentos navais fizeram com que o equilíbrio
militar deixasse de pender para as potências centrais. A aliança dual de 1879
estipulou que a Alemanha não permitiria que a Áustria-Hungria sucumbisse a um
ataque russo. Mas a Alemanha, como império conservador interessado em controlar
a Polônia, tinha afinidades com a Rússia. Bismark simpatizava com os esforços
russos para consolidar sua posição na Bulgária. Ele explorou o novo papel da
Alemanha, como aliada, para forçar o alinhamento da Áustria-Hungria, ignorando
seus esforços para obter o apoio da Grã-Bretanha, Itália e Alemanha contra a
Rússia.
O período de 1871-1914 foi
de ausência de guerras entre as grandes potências européias. Essa paz relativa,
contudo, foi acompanhada por um contínuo armamentismo entre as nações da
Europa. O tão procurado equilíbrio do poder se dava com o aperfeiçoamento das
forças militares das potências: o medo de um país adquirir mais poder de fogo
sobre o outro e por isso sentir-se mais seguro para iniciar uma guerra fez com
que as potências entrassem em uma desenfreada corrida armamentista, onde cada
uma tentava se igualar ou superar a adversária, aumentando a tensão
internacional.
O nacionalismo foi um dos
principais focos de tensão entre os países europeus, agindo de duas maneiras:
(I) estimulando o separatismo no interior dos Estados multinacionais; (II)
atiçando as rivalidades patrióticas de cunho popular entre potências rivais.
Entre as diversas manifestações do nacionalismo na Europa no início do século
XX podemos destacar:
■ O revanchismo francês
contra a Alemanha por causa da derrota da França na Guerra Franco-Prussiana
(1870-1871) e da perda da Alsácia-Lorena.
■ O pangermanismo. A defesa
da união ou solidariedade entre os povos germânicos (alemães, austríacos),
principalmente contra os eslavos. Favoreceu a aliança entre a Alemanha e a
Áustria-Hungria.
■ O pan-eslavismo. A defesa
da solidariedade entre os povos eslavos (russos, poloneses, tchecos, sérvios).
Gerou a idéia de que a Rússia deveria proteger os povos eslavos dominados pela
Áustria-Hungria (tchecos, eslovacos) ou ameaçados por ela (sérvios),
favorecendo a aliança entre a Rússia e a Sérvia.
■ O iugoslavismo. A defesa
da união dos eslavos do sul ou iugoslavos (sérvios, bósnios, croatas,
eslovênios) para formar a Iugoslávia ou “Grande Sérvia”. Fomentou a disputa
entre a Sérvia e a Áustria-Hungria pela Bósnia-Herzegóvina (dominada pela
Áustria-Hungria).
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
No começo do século XX, havia enorme tensão e rivalidade entre as
grandes potências européias, como França, Inglaterra e Alemanha. Isso resultava
em uma disputa por mercados e territórios em vários lugares do mundo.
Antes de 1914 teve origem a chamada paz
armada: como o clima era tenso, as potências deram início a uma
corrida armamentista prevendo uma guerra.
Além da corrida armamentista, alguns países também deram início a
formação de alianças militares. A Europa, em 1907, ficou dividida em dois
grandes blocos:
* Tríplice Aliança – formada em 1882, era composta
inicialmente pela Áustria, Alemanha e Itália.
* Tríplice Entente – formada em 1907, como uma forma de resposta
a Tríplice Aliança, era composta inicialmente pela Rússia, Inglaterra e França.
Em 1915 a Itália passou para a Tríplice Entente devido a uma rivalidade
particular em torno das Províncias Irredentas, em que a maioria da população
era italiana, mas pertencia a Áustria.
Momentos de crise
Duas grandes crises contribuíram para o acirramento das rivalidades
internacionais:
Crise balcânica: No ano de 1908, a Áustria anexou a Bósnia-Herzegovina,
o que contrariava os interesses da Sérvia que era apoiada pela Rússia. A Sérvia
pretendia incorporar aquelas regiões e criar a Grande Sérvia. Os movimentos
nacionalistas reagiram violentamente contra a anexação da Bósnia-Herzegovina.
Havia um choque entre o nacionalismo da Sérvia com o expansionismo da Áustria
(aliada da Alemanha).
Crise de Marrocos: Entre 1905 e 1911, a França e a Alemanha quase entraram
em guerra pelo controle de Marrocos. Para evitar uma possível guerra, a França
cedeu aos alemães parte do Congo Francês em troca da posse de Marrocos.
Início da Primeira Guerra Mundial
O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, e de sua esposa, na
cidade de Sarajevo (Bósnia), em 1914 é considerado a causa imediata do início
da Primeira Guerra Mundial. O assassino pertencia a uma organização secreta
nacionalista da Sérvia, denominada Mão Negra, e que inclusive contava com o
apoio do governo sérvio. A Áustria sabendo de tal apoio reagiu militarmente
contra a Sérvia. Devido à política de alianças, outros países entraram na
guerra.
Veja como ocorreu a sucessão de acontecimentos:
· 28 de julho: Áustria declara guerra à Sérvia
· 29 de julho: Devido a aliança com a Sérvia, a Rússia entra na guerra
contra a Áustria e Alemanha.
· 1° de agosto: Alemanha declara guerra à Rússia, e posteriormente, à
França.
· 4 de agosto: Com o intuito de atingir a França, os exércitos alemão e
austríaco invadiram a Bélgica, que até então estava neutra no conflito.
· 5 de agosto: A invasão da Bélgica foi o pretexto para a Inglaterra
entrar no conflito. Com a entrada das colônias britânicas, a guerra deixa de
ser apenas européia, e se torna mundial.
Ainda em 1914, os japoneses declaram guerra aos alemães, pois tem
interesse em territórios da Alemanha na China. A Turquia, devido aos
ressentimentos com a Sérvia, entra na guerra ao lado da Tríplice Aliança.
Nenhuma nação teve vitórias significativas sobre as outras em 1914. Houve um
equilíbrio entre forças.
Já entre 1915 – 1917, a intensa movimentação de tropas deu lugar a uma
guerra de trincheiras, onde cada lado visava garantir suas posições, evitando
aproximações do rival.
Durante 1917 – 1918 houve a entrada de outros países no conflito. A
marinha alemã afundou navios de nações que eram vistas como neutras, alegando
que transportavam alimentos para os rivais. Esse foi o caso dos Estados Unidos,
Panamá, Brasil, dentre outros. Houve dois destaques nessa fase: a entrada dos
Estados Unidos na guerra e a saída dos exércitos da Rússia.
O fim da Primeira Guerra Mundial
O apoio fornecido pelos Estados Unidos aos seus aliados foi extremamente
importante para a vitória da Entente e de seus aliados. Os recursos da Tríplice
Aliança eram muito inferiores aos da Entente. No começo de 1918, as tropas da
Alemanha ficaram isoladas e sem condição de sustentar o combate. No dia 11 de
Novembro do mesmo ano, o governo alemão assinou um acordo de paz (armistício)
em situação bastante desfavorável. Por exemplo, a Alemanha aceitava retirar
todas as suas tropas de todos os territórios ocupados durante a guerra,
devolver aos rivais materiais de guerra pesados e submarinos apreendidos e
pagar indenizações pelos territórios ocupados.
O clima de patriotismo eufórico se tornou, em 1918, um clima
generalizado de profunda desolação e desesperança.
Tratado de Versalhes
De todos os tratados impostos as nações derrotadas, o mais se destaca é
o de Versalhes, que determina uma série de atrocidades a Alemanha. De acordo
com o Tratado de Versalhes:
– A Alemanha é o único país responsável guerra.
– Perde as suas colônias para Inglaterra, França e Japão.
– Entrega todas as suas armas de guerra, de terra, mar e ar.
– Fica proibida de ter marinha ou aeronáutica. Sendo permitido apenas um
pequeno exército constituído por voluntários.
– Paga uma indenização de aproximadamente 33 bilhões de dólares em
dinheiro aos países vencedores.
Os alemães achavam as condições impostas pelo tratado injustas,
humilhantes e vingativas. Anos mais tarde, essas imposições motivariam a volta
do nacionalismo alemão.
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
A Segunda Guerra Mundial compreende o período entre os anos de
1939 e 1945 no qual ocorreu o conflito armado de maior escala da história da humanidade até os dias de hoje. O
combate envolveu as maiores potências da época que empenharam toda sua economia
e política no mesmo, e foi o único a usar armas nucleares dizimando cerca de 70
milhões de pessoas dentre soldados e civis, sendo o conflito mais sangrento da
história.
O
período que antecede o início da Segunda Guerra é marcado pela crise econômica
da quebra da bolsa de Nova York no ano de 1930 que teve seu ponto de
início nos Estados Unidos, contudo espalhou-se rapidamente pelo resto do mundo
afetando a economia global. Uma das soluções do governo facista foi investir na
industrialização de equipamentos bélicos como armas, aviões, navios e tanques.
No
período entre guerras (período que consiste entre o fim da Primeira Guerra e
início da segunda), podemos notar também o avanço de regimes totalitaristas
radicais como o Nazismo encabeçado por Adolf Hitler e
o Facismo liderado por Benito Mussolini. Ambas as ideologias espalharam-se pela
Europa ganhando força e propondo uma expansão territorial.
Causas
Em
busca pela conquista de territórios, um grupo de países se uniu formando uma
aliança de guerra denominada Eixo, que foi liderada por Alemanha, Itália e Japão. A
Alemanha liderada por Hitler pretendia impor uma nova ordem na Europa
disseminando a ideologia nazista e de imposição da raça alemã e exclusão total
de minorias como negros, homossexuais, judeus, ciganos e a perseguição de
regimes comunistas e socialistas. Itália e Japão estavam interessados em seus
próprios propósitos de expansão territorial.
O fato
que demarcou o início da Guerra foi a invasão da Polônia pela Alemanha nazista
no ano de 1939 tendo como reação imediata declarações de guerra à Alemanha pela
França e Inglaterra. Para contrapor o Eixo outra aliança foi formada, a dos Aliados, a qual
era liderada pelos Estados Unidos,Reino Unido e URSS (União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas).
Consequências
Após um longo período de combate entre
Eixo e Aliança, a Segunda Guerra chegou ao fim apenas no ano de 1945 quando
Itália e Alemanha se renderam. O Japão, último país a assinar o tratado de
rendição sofreu um ataque nuclear lançado pelos Estados Unidos onde uma bomba
atômica explodiu na cidade de Hiroshima dizimando um grande número de cidadãos
japoneses inocentes.
O
regime nazista foi responsável pela morte de cerca de 2 milhões de poloneses, 4
milhões de pessoas com problemas de saúde (deficientes físicos e mentais) e um
número exorbitante de 6 milhões de judeus no massacre que ficou conhecido como Holocausto. Os
danos materiais também foram muitos, a guerra arrasou as nações perdedoras e
outras envolvidas destruindo cidades inteiras e a vida de milhares de cidadãos.
O pagamento de uma indenização para reconstrução das nações derrotadas foi
determinado pelos Aliados assim como uma indenização aos países vitoriosos,
assinada no Tratado de Paz de Paris.
Ao
final da guerra foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU), que tinha o propósito de manter a paz
entre as nações resolvendo os conflitos de forma pacífica e ajudar as vítimas
da Segunda Guerra.
As principais nações que lutaram pelo Eixo foram: Itália, Japão e
Alemanha. As que lutaram pelos Aliados foram especialmente: França,
Grã-Bretanha, Estados Unidos e União Soviética.
A guerra terminou com a rendição das nações do Eixo, seguindo-se a
criação da ONU (Organização das Nações Unidas), o início da Guerra Fria entre
Estados Unidos e União Soviética (que saíram do conflito como superpotências
mundiais) e a aceleração do processo de descolonização da Ásia e da África.
OS SISTEMAS DE ALIANÇAS E O EQUILÍBRIO DO PODER
Enquanto os governantes continuavam a acreditar na
eficácia da guerra (opinião partilhada de um modo geral pelos respectivos
povos), os objectivos que procuravam atingir foram mudando gradualmente. Em
primeiro lugar, como convinha a uma época de tolerância e ideias iluministas,
foram desaparecendo as preocupações mais estritamente ideológicas dos séculos
anteriores. Para o cardeal Richelieu e mesmo para Cromwell, as considerações
mais estritas de ortodoxia religiosa tendiam a ser obscurecidas, quando se
tratava de alianças em tempo de guerra, pelos motivos mais prementes das
“razões de Estado”. Para os governantes do século XVIII essas preocupações pertenciam
ao passado, e o interesse do Estado ou nacional era mais importante. Por outro
lado, enquanto a monarquia absolutista continuou a ser modelo típico de
governo, as guerras eram ainda motivadas por razões dinásticas tradicionais; e
na medida em que persistiam as ideias feudais relativas à posse da terra, os
governantes eram levados a considerar a expansão dos seus territórios, à
semelhança do que aconteceu em séculos anteriores, como se tratasse de novas
aquisições de grandes propriedades. No novo século (XVIII), assistimos à
sobrevivência destes conceitos numa série de guerras de sucessão pelos domínios
espanhóis, Polónia, Silésia e Baviera; nas preocupações da monarquia francesa
em torno do seu Pacto de Família com os Bourbons e os Habsburgos. Pode-se defender
a tese de que foi a grande resistência da França em abandonar esses objectivos
o motivo principal que acabaria por colocá-la durante muitos anos em
desvantagem face à Grã-Bretanha na sua luta pelas possessões coloniais.
Relacionado com este conceito, mas mais universal e
constante, estava o do equilíbrio do poder. No século XVII, outros Estados se
esforçaram por conseguir o equilíbrio formando sucessivas coligações com vista
a travar as ambições das principais potências continentais: a França e a Espanha.
A Inglaterra lutara contra Luís XIV, como anteriormente o fizera contra Filipe
II, a fim de evitar a ocupação dos Países Baixos, o que colocaria a sua costa
sueste flanqueada por uma grande potência hostil, ou potencialmente hostil.
Após a derrota da França em 1713, nenhum Estado foi suficientemente poderoso
para dominar a Europa Ocidental, uma vez que haviam sido rejeitadas as
pretensões dos Habsburgos austríacos em relação à Espanha, e a situação
tornou-se mais flexível. Na primeira metade do século, atingiu-se um equilíbrio
continental através do alinhamento da França com a Espanha, Prússia e Baviera,
por um lado, contra os Habsburgos austríacos, geralmente apoiados pela
Grã-Bretanha e pelas Províncias Unidas, por outro; outros Estados, tanto no Leste
como em Itália e na Alemanha, tomaram partido por um ou outro bloco de acordo
com as exigências da época. Contudo, durante estes anos, o modelo foi
gravemente perturbado pelo aparecimento da Rússia como grande potência que
dominava o Leste e o Báltico e, a partir de 1740, pela meteórica ascensão da
Prússia como poderoso contrapeso do Império Austríaco no centro da Europa. Como
resultado, o centro do equilíbrio europeu deixou de ser o Oeste, onde se havia
mantido durante tanto tempo, e começaram então a surgir em primeiro plano
questões como a partilha da Polónia e a “questão oriental”, o que obrigou as
potências ocidentais – especialmente a França e a Inglaterra - a formarem novas
alianças.
Havia, porém,
outro factor, de importância crescente, que alterou o equilíbrio entre as
potências e criou novas possibilidades de conflito entre elas. Foi o aumento do
comércio e o concomitante crescimento dos impérios coloniais.
O comércio
organizado segundo fórmulas agressivamente mercantilistas condizia à guerra, o
que tornara evidente desde os princípios do século anterior, quando o inglês
Thomas Mun proclamou em 1622 que “devemos ter sempre em consideração esta
regra: vender anualmente aos estrangeiros mais do que aquilo que nós consumimos
deles”. Deste modo, a prosperidade de uma nação traduzia-se naturalmente em
perdas para a nação vizinha; e foi de acordo com este princípio que Luís XIV, a
quem não faltavam teóricos mercantilistas em França, declarou guerra aos
Holandeses após a promulgação das leis restritivas sobre o comércio elaboradas
por Colbert na década de 1660, e as guerras entre a Inglaterra e a Holanda
foram consequência dos Actos de Navegação daquela (também dirigidos contra os
holandeses) em 1651 e 1660. Porém, mesmo com os Holandeses fora da corrida, as
possibilidades de conflito tornaram-se mais pronunciadas e explosivas no século
seguinte. Mediante o tratado de Utreque, a Inglaterra obteve o precioso asiento
que lhes abriu as portas ao comércio sul-americano, aumentou as suas possessões
na América e Índias Ocidentais e a catapultou para o lugar de potência
comercial e colonial dominante. As suas guerras posteriores, contra a França e
a Espanha em 1739-1763, fizeram inclinar ainda mais a balança a seu favor, pois
alargaram as suas conquistas na Índia e na América do Norte. Nestas lutas, a
Inglaterra desfrutou da vantagem do seu poder naval e da capacidade de
concentrar as suas energias nos conflitos ultramarinos, enquanto subvencionava
os seus aliados europeus através de um erário bem provido.
A França gozava de
um aparelho de Estado mais apetrechado tanto para a guerra como para a
diplomacia, mas durante muito tempo viu-se marginalizada da disputa colonial
pelas suas preocupações antiquadas com ambições dinásticas na Europa e pelo
reflexo do seu Pacto de Família com os Bourbons Espanhóis. Um dos resultados
dos ganhos coloniais da Grã-Bretanha foi uma nova valorização desses ganhos não
só para o comércio e o tesouro, mas também em termo de política externa e
equilíbrio do poder, e não apenas em ralação à Grã-Bretanha como também a
outros países.
No início do
século XVIII, Defoe afirmara que “ser detentor do poder marítimo é ser detentor
de todos os poderes e de todo o comércio na Europa”; por seu lado, John
Campbell, na sua obra The Present State of Europe, afirmava, em 1750, que “os
interesses e o comércio do império Britânico estão intimamente ligados que
podem muito bem ser considerados uma só realidade”. Quanto aos valores
coloniais, deve-se ter em conta que a opinião contemporânea atribuía um papel
de primeira importância à posse das ilhas de escravos e do açúcar das Índias
Ocidentais (atendendo aos elevados montantes em jogo).
Tão-pouco é de estranhar que esta modificação do
equilíbrio do poder colonial impressionasse a opinião pública noutros países,
em especial aqueles cujos3comerciantes tinham perdido riqueza e influência
devido à crescente importância da Grã-Bretanha. Deste modo, encontramos em
meados do século um panfletista francês que defendia a ideia de que “o domínio
dos mares daria a uma nação a monarquia universal”, por seu turno, o ministro
Choiseul afirmou que os Ingleses, “ao pretenderem proteger o equilíbrio em
terra que não estava ameaçado estão a destruir o equilíbrio do mar que ninguém
defende”. Estas considerações desempenharam um papel importante na alteração
política externa francesa: começou a abandonar as suas ambições dinásticas
(mantendo-se inclusivamente à margem dos problemas da Polónia e da Baviera nos
finais do século), “inverteu” a sua tradicional aliança contra os Habsburgos e
conseguiu margem de manobra para um ajuste de contas com a Inglaterra sobre as
possessões ultramarinas. Neste quadro
beneficiou também do facto de que outros países europeus, cuja marinha
mercante era vistoriada pelos Ingleses no alto mar em busca de contrabando,
foram facilmente convencidos de que tanto a liberdade dos mares como o
equilíbrio do comércio se encontravam ameaçados pelos métodos arbitrários e a
crescente supremacia britânica. Deste modo, a Grã-Bretanha, a partir de 1763,
viu-se praticamente isolada na Europa, e a França, Espanha, as Províncias
Unidas e as potências neutrais do Norte uniram-se aos Norte – Americanos, na
guerra de 1775 a 1783, a fim de lhe arrebatarem as colónias americanas. No
entanto, esta mudança na orientação da política francesa chegou demasiado tarde
e, pelo menos no seu caso, o resultado final desta situação não foi exactamente
aquilo que os seus comerciantes e governantes haviam esperado.
CONCLUSÃO
Depois da pesquisa feita chegouei a conclusão de que no actual momento,
que se caracteriza pela continuação e mesmo acentuação da crise na União
Europeia, emergem com renovado vigor as contradições, os conflitos de
interesses e a desconfiança entre as suas principais potências, embora não
colocando em causa o seu compromisso de classe. Sucedem-se as declarações que
evidenciam a existência de diferenças quanto aos objectivos imediatos a
alcançar, ao real conteúdo e alcance, à ordenação e ritmos de concretização e
até à participação ou não nas fases. No entanto,
uns e outros, cavalgam na criação das condições para a continuação do
refinanciamento do capital financeiro – nomeadamente da Alemanha e da França –
à custa da intensificação da exploração e da degradação das condições de vida
dos trabalhadores, exigindo e impondo a aplicação das falsas «medidas de
controlo do défice e do endividamento público» e das ditas «reformas
estruturais», através das quais saqueiam e acumulam colossais e meios
financeiros.
BIBLIOGRAFIA
As
rivalidades europeias.
Disponível em: http://www.galizacig.gal/avantar/opinion/5-11-2012/europa-contradicoes-rivalidade-e-concertacao. Acessado aos 17 de Abril de 2015.
A primeira
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A
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Disponível em: http://www.estudopratico.com.br/segunda-guerra-mundial-historia-causas-e-consequencias/. Acessado aos 17 de Abril de 2015.
ÍNDICE