SÍFILIS

INTRODUÇÃO
O presente trabalho insere-se na pesquisa qualitativa sobre a sífilis, tema este que nos coloca das delimitações da disciplina de Técnica de Enfermagem. Com o propósito de melhor elucidação da matéria, como nos foi proposto o tema, pelo docente. O conceito diz nos que a sífilis é uma doença sistêmica infectocontagiosa, de evolução crônica, com erupção cutâneas transitórias, provocadas por uma espiroqueta. Sua evolução é caracterizada por estágio recente e tardia. A transmissão da sífilis adquirida é por via sexual, na região genitoanal, na quase totalidade dos casos, mas qualquer órgão do corpo humano pode ser afetado, inclusive o sistema nervoso central. Na sífilis congênita, há infecção fetal via hematogênica, em qualquer estágio gestacional ou período clínico da afecção materna. O contágio por transfusão sanguínea é incomum na atualidade. (BRASIL, 2010).



REVISÃO BIBLIOGRAFIA
SÍFILIS
Conceito
Sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pela subespécie pallidum da bactériaTreponema pallidum. Os sinais e sintomas variam dependendo de qual dos quatro estádios em que se manifestam: primário, secundário, latente ou terciário. O sintoma clássico do estádio primário é um sifiloma no local da infeção – uma úlcera na pele que é indolor, firme e não pruriginosa. No estádio secundário aparece uma erupção cutânea difusa, geralmente nas palmas das mãos e dos pés, e podem aparecer úlceras na boca ou na vagina. No estádio latente, que pode durar vários anos ou décadas, não se manifestam sintomas. No estádio terciário podem aparecer formações não cancerígenas denominadas gomas e sintomas neurológicos ou cardíacos. A sífilis pode causar sintomas semelhantes a várias outras doenças.
Em 2013 havia 315 000 pessoas infetadas com sífilis. Em 2010, a doença foi a causa de 113 000 mortes, uma diminuição em relação às 202 000 em 1990. Depois da prevalência ter diminuído drasticamente com a introdução da penicilina na década de 1940, desde o início do século XXI que as taxas têm vindo a aumentar em muitos países, muitas vezes a par do vírus da imunodeficiência humana (VIH). Pesquisas recentes na China indicam que a causa é um aumento da promiscuidade e da prostituição, da diminuição da utilização de preservativos e de práticas sexuais desprotegidas entre homens homossexuais. Entretanto, estudos mais recentes indicam que a infecção entre os profissionais do sexo não é maior que entre os homossexuais e bissexuais em geral. Em 2015, Cuba foi o primeiro país a erradicar a transmissão de sífilis entre mãe e filho.
Sinais e sintomas
A sífilis pode apresentar em um dos quatro diferentes estádios: primária, secundária, latente e terciária, e também pode ocorrer de forma congênita. Foi referida como "a grande imitadora" por Sir William Osler devido às suas variedade de apresentações.
SÍFILIS PRIMÁRIA
Lesões na pele na sífilis secundária
A sífilis primária é normalmente adquirida por contato sexual direto com as lesões infecciosas de outra pessoa.  Cerca de 3 a 90 dias após a exposição inicial (média de 21 dias) uma lesão de pele, chamado de cancro, aparece no ponto de contato. Esta é classicamente (40% das ocorrências) uma única ulceração da pele firme, indolor, que não coça com uma base limpa e bordas nítidas entre 0,3 e 3,0 cm de tamanho. A lesão, no entanto, pode assumir praticamente qualquer formato. Na forma clássica, a lesão evolui a partir de uma mácula para uma pápula e, finalmente, para uma erosão ou úlceração. Ocasionalmente, lesões múltiplas podem estar presentes (~ 40%), com múltiplas lesões sendo mais comuns quando co-infectadas com o HIV. As lesões podem ser dolorosas ou leves (30%), e podem ocorrer fora dos órgãos genitais (2 – 7%). A localização mais comum nas mulheres é o colo do útero  (44%), o pénis em homens heterossexuais (99%) e em homens homossexuais no ânus e intestino reto  (34%).É comum o aumento de tamanho de linfonodos  (80%) na região próxima da área afetada, ocorrendo sete a 10 dias após a formação do cancro. A lesão pode persistir durante de 3 a 6 semanas sem tratamento.
Sífilis secundária
A apresentação típica da sífilis secundária é uma erupção cutânea nas palmas das mãos e plantas dos pés
A sífilis secundária é a sequência lógica da sífilis primária não tratada e é caracterizada por uma erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses (geralmente 6 a 8 semanas) após a lesão primária ter desaparecido. Esta erupção é vermelha rosácea e aparece simetricamente no tronco e membros, e, ao contrário de outras doenças que cursam com erupções, como o sarampo, a rubéola e a catapora, as lesões atingem também as palmas das mãos e as solas dos pés. Em áreas úmidas do corpo se forma uma erupção cutânea larga e plana chamada de condiloma lata, ou condiloma plano. Manchas tipo placas também podem aparecer nas mucosas genitais ou orais. O paciente é muito contagioso nesta fase.
Os sintomas gerais da sífilis secundária mais relatados são mal-estar (23%-46%), cefaleia  (9%-46%), febre (5%-39%), prurido (42%) e hiporexia (25%). Outros, menos comuns, são dor nos olhos, dor óssea, artralgiameningismoirite e rouquidão.
Sinais mais específicos ocorrem nas seguintes frequências: exantema  (88%-100%), linfadenopatia  (85%-89%), cancro primário residual (25%-43%), condiloma plano (9%-44%), hepatoesplenomegalia  (23%), placas mucosas (7%-12%) e alopecia (3%- 11%).
A sífilis secundária, algumas vezes conhecida como uma doença de mil-faces, pode apresentar inúmeros sintomas comuns a várias outras doenças como febre baixa em alguns períodos, sudorese intensa ao dormir (infecção crônica e manchas avermelhadas pelo corpo. A sífilis secundária também pode ocasionar episódios esporádicos de erupções ulcerativas na pele, de difícil regressão, episódios de otite, episódios de problemas oftalmológicos, episódios de problemas nos rins e episódios de problemas cardiovasculares que muitas vezes surgem e regridem sem a necessidade de nenhum tratamento específico. Outro sintoma importante são dores de coluna e dores de cabeça frequentes, que podem ser indicativos de um quadro de neurossífilis.
Sífilis latente
Estado tipo portador, em que o indivíduo está infectado e é infeccioso mas não apresenta sintomas significativos.
SÍFILIS TERCIÁRIA
Lesão no nariz devidos à sífilis terciária
O terceiro estádio da infecção ocorre em um a dez anos, com casos de até 50 anos para que a evolução se manifeste.
Esta fase é caracterizada pela formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas vistas na pele e nas membranas mucosas, mas que podem ocorrer em diversas partes do corpo, inclusive no esqueleto. Outras características da sífilis não tratada incluem as juntas de Charcot  (deformidade articular), e as juntas de Clutton (efusões bilaterais do joelho). As manifestações mais graves incluem neurossífilis e a sífilis cardiovascular.
Complicações neurológicas nesta fase incluem a "paralisia geral progressiva" que resulta em mudanças de personalidade, mudanças emocionais, hiper-reflexia e pupilas de Argyll Robertson, um sinal diagnóstico no qual as pupilas contraem-se pouco e irregularmente quando os olhos são focalizados em algum objeto, mas não respondem à luz; e também a Tabes dorsalis, uma desordem da medula espinhal que resulta em um modo de andar característico. Complicações cardiovasculares incluem aortite, aneurisma de aorta, aneurisma do seio de Valsalva, e regurgitação aórtica, uma causa frequente de morte. A aortite sifilítica pode causar o sinal de Musset (um subir e descer da cabeça acompanhando os batimentos cardíacos, percebido por Musset primeiramente em si próprio).
Sífilis congênita
Sífilis congênita é a sífilis adquirida pelo infanto no útero materno, geralmente quando a mãe é portadora da sífilis em estádio primário ou secundário. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, 40% dos nascimentos de mães sifilíticas são nascidos mortos, 40 a 70% dos sobreviventes estão infectados e 12% destes irão morrer nos primeiros anos de vida. É a infecção congênita mais comum no Brasil, acometendo cerca de 1:1.000 nascidos.
Suas manifestações incluem alterações radiográficas, dentes de Hutchinson (incisivos centrais superiores espaçados e com um entalhe central); "molares em amora" (ao sexto ano os molares ainda tem suas raízes mal formadas); bossa frontal; nariz em sela;
 Maxilaressubdesenvolvidos; hepatomegalia  (aumento do fígado); esplenomegalia  (aumento do baço); petéquias; outras erupções cutâneas; anemia; linfonodomegaliaicterícia; pseudoparalisia; e snuffles, nome dado à rinite que aparece nesta situação. Os “Rhagades” são feridos lineares nos cantos da boca e nariz que resultam de infecção bacteriana de lesões cutâneas. A morte por sífilis congênita normalmente ocorre por hemorragia pulmonar.
O exame de VDRL geralmente é realizado no pré-natal para o rastreamento de sífilis em gestantes. O tratamento na gravidez com penicilina G benzatina previne o desenvolvimento da doença congênita.
Sífilis decapitada
É chamada de sífilis decapitada aquela que fora adquirida por transfusão sanguínea, já que não apresenta a primeira fase da doença, dando início na sífilis secundária. Uma vez que todo o doador de sangue é submetido a exames, a incidência deste tipo de sífilis é extremamente rara. No entanto, pode-se assumir que usuários de drogas injetáveis são suscetíveis a este meio de transmissão da doença, como apontam alguns estudos que, apesar de não comprovarem diretamente o contágio por seringas contaminadas, permitem assumir que os usuários de drogas injetáveis constituem um grupo de risco para a transmissão de sífilis desta forma.
CAUSAS
A sífilis é uma doença contagiosa por determinados meios, ela pode ser transmitida por:
·         Relações sexuais desprotegidas
·         Transfusão de sangue contaminado
·         Contato com sangue de uma pessoa infectada
·         Diagnóstico 
·         Microscopia de campo escuro com espiroquetas
Antes do advento do teste sorológico (sorologia de lues ou VDRL – acrónimo inglês para laboratório de investigação de doença venérea), o diagnóstico era difícil e a sífilis era confundida facilmente com outras doenças. Hoje em dia, o VDRL é amplamente utilizado como exame de rastreio.
Após o estádio primário, algumas vezes negligenciado pelo paciente ou simplesmente associado como uma consequência natural pelo contato sexual (na falta de informações amplas sobre a doença), a sífilis entra na fase secundária. Dos pacientes tratados no estádio secundário, cerca de 25% deles não se lembram dos sinais do contágio primário. Nessa fase, diagnosticar a doença é extremamente difícil tanto para o paciente como para um médico.
Caso a sífilis não seja identificada no seu estádio primário (10 a 90 dias) ou no seu estádio secundário (1 a 6 meses, mas que também pode perdurar por anos na sua forma latente ou assintomática), a sífilis entra no estádio terciário. Nessa fase o diagnóstico é bem preciso mas várias sequelas podem advir da doença.
Diagnóstico
Antes do advento do teste sorológico (sorologia de lues ou VDRL – acrónimo inglês para laboratório de investigação de doença venérea), o diagnóstico era difícil e a sífilis era confundida facilmente com outras doenças. Hoje em dia, o VDRL é amplamente utilizado como exame de rastreio.
Após o estádio primário, algumas vezes negligenciado pelo paciente ou simplesmente associado como uma consequência natural pelo contato sexual (na falta de informações amplas sobre a doença), a sífilis entra na fase secundária. Dos pacientes tratados no estádio secundário, cerca de 25% deles não se lembram dos sinais do contágio primário. Nessa fase, diagnosticar a doença é extremamente difícil tanto para o paciente como para um médico.
Caso a sífilis não seja identificada no seu estádio primário (10 a 90 dias) ou no seu estádio secundário (1 a 6 meses, mas que também pode perdurar por anos na sua forma latente ou assintomática), a sífilis entra no estádio terciário. Nessa fase o diagnóstico é bem preciso mas várias sequelas podem advir da doença.
No Brasil, os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA's) permitem aos cidadãos realizar testes laboratoriais gratuitamente e receber informações e aconselhamento sobre as DSTs.
Prevenção da Sífilis
A Sífilis é uma doença infecciosa mas é evitável em grande parte.  O melhor e o método mais determinado da prevenção desta infecção são evitar o contacto sexual ou manter somente o contacto sexual com o um sócio fiel que foi testado e não é contaminado. Algumas das pontas para impedir a transmissão da sífilis incluem as medidas do sexo seguro.
Tratamento para Sífilis
O tratamento contra a sífilis geralmente é feito com injeções de Penicilina que podem ser indicadas pelo ginecologista, obstetra ou infectologista.
Quando a ferida que não sangra e não dói ainda encontra-se presente basta tomar 1 dose de penicilina para curar a sífilis, mas quando se trata de sífilis secundária ou terciária são necessárias mais doses. As injeções são aplicadas no bumbum 1 vez por semana, conforme a orientação médica, mas quando se tratar de sífilis terciária ou neurosífilis é necessário o internamento hospitalar, porque é uma doença mais avançada e que tem outras complicações envolvidas.
Exames de sangue
Os exames de sangue realizados para o diagnóstico da sífilis são divididos em não-treponêmicos e treponêmicos
Os exames não treponêmicos geralmente são os primeiros a serem realizados, e incluem o VDRL (do inglês venereal disease research laboratory) e RPR (rapid plasma reagin). Entretanto, estes exames apresentam altas taxas de falso positivo (teste positivo quando paciente não está doente). Por este motivo, é necessária a confirmação com um teste treponêmico. O VDRL baseia-se na detecção de anticorpos não treponemais. É usada a cardiolipina, um antígeno presente no ser humano (parede de células danificadas pelo Treponema) e talvez no Treponema, que reage com anticorpos contra ela em soro, gerando reacções de floculação visível ao microscópio. Este teste pode dar falsos positivos, e são realizados testes para a detecção de anticorpos treponemais caso surjam resultados positivos.
Os exames treponêmicos mais usados são o FTA-Abs e o TPHA. Geralmente são usados para confirmar o resultado positivos dos testes não-treponêmicos, ou seja, do VDRL, fechando o diagnóstico. Frequentemente realizados na fase latente ou terciária.
VDRL é único teste que poderá dar resultado negativo após um tratamento bem-sucedido para a sífilis. No entanto, não é um requisito para a conclusão do sucesso ou não do tratamento. Ele faz parte dos testes não treponemais e é amplamente usado na atualidade como exame de rastreio. Por norma os valores no VDRL diminuirão para níveis ínfimos, mas ainda assim positivos, após o paciente estar tratado.




CONCLUSÃO
O presente artigo buscou de uma maneira equitativa a melhor percepção no que concerne aos sifiles. Ainda que a sífilis seja uma patologia conhecida há séculos e que tenha agente etiológico bem definido, de fácil detecção, tratamento de baixo custo e 100% eficaz, ainda assim é considerado um grave problema de saúde pública, que instiga não só os gestores de saúde, mas também toda a humanidade, sendo, portanto difícil de ser eliminada. Apesar de grave, a sífilis é uma doença curável e não deixa sequelas, quando diagnosticada no início e tratada de forma ajustada, com acompanhamento de uma equipe qualificada que utilize de normas que visem o rastreio sistemático e a terapêutica adequada nas Unidades Básicas de Saúde; além de utilizar de ações de orientação sexual e de planejamento familiar.
Com isso e chega-se a conclusão que O único modo 100% seguro para evitar a contaminação com sífilis é não ter nenhum tipo de contato sexual. Ter relações sexuais com pessoas distintas aumenta o risco de contrair a doença, mas o mais importante é sempre fazer uso do preservativo. A camisinha é medida preventiva não só para sífilis, mas também para todas as outras doenças sexualmente transmissíveis (DST’s). Você pode contrair a doença tendo contato sexual com uma só pessoa, como também pode contraí-la após entrar em contato sexual com várias. Tudo vai depender mesmo do uso ou não de preservativo.



BIBLIOGRAFIA
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b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u Kent ME, Romanelli F (Fevereiro de 2008). «Reexaminem syphilis: an update on epidemiology, clinical manifestations, and management». Annals of Pharmacotherapy. 42 (2): 226–36. PMID 18212261doi:10.1345/aph.1K086 Erro de citação: Código  <ref>  inválido; o nome "Kent08" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes

b c d Woods CR (Junho de 2009). «Congenital syphilis-persisting pestilence». Pediatr. Infect. Dis. J. 28 (6): 536–7. PMID 19483520doi:10.1097/INF.0b013e3181ac8a69. Acessado no dia 16 de Junho de 2016