TUBARÃO-BRANCO (Carcharodon carcharias Lineu)
INTRODUÇÃO
No presente trabalho abordaremos sobre o “Tubarão Branco”
em que posteriormente o tubarão-branco é um dos maiores predadores
presente no oceano. É considerado o mais feroz e agressivo de todos os tubarões, isto porque ataca tudo o que encontra pela frente.
Pesando cerca de 3 toneladas e atingindo um comprimento aproximado de 7
metros, o tubarão-branco é bastante ágil, apesar do seu tamanho. Seu esqueleto
é formado por cartilagens e fortalecido por depósitos de cálcio, por isso
consegue nadar a 25 quilômetros por hora.
Apesar de ser denominado como tubarão-branco, o animal
possui a cor branca somente em sua parte ventral, enquanto que a dorsal é cinzenta
ou azulada. São tubarões robustos, com corpo fusiforme e fucinho cônico, curto
e largo. Seus olhos negros e os ferozes dentes e mandíbulas característicos,
assustam muito os humanos, que também são vítimas de ataques destes predadores.
É um animal equipado com três mil dentes triangulares, serrilhados e muito
afiados, de 7,5 centímetros de altura, inseridos nas maxilas em fileiras um
pouco inclinadas para dentro.
TUBARÃO-BRANCO
Carcharodon carcharias Lineu, 1758,
conhecido pelo nome comum de tubarão-branco, é uma espécie de tubarão lamniforme,
sendo o peixe predador de
maiores dimensões existente na atualidade. Um tubarão-branco pode atingir 7,51
metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas. Esta espécie vive nas águas
costeiras de todos os oceanos, desde que haja populações adequadas das suas
presas, em particular pinípedes.
Esta espécie é a única que sobrevive, na atualidade, do gênero Carcharodon.
NOMES COMUNS
A espécie Carcharodon carcharias recebe
inúmeros nomes ao longo de sua área de distribuição. Em espanhol, as denominações mais comuns são tiburón blanco
(tubarão-branco) e gran tiburón blanco (grande tubarão-branco) (esta
última influenciada pelo nome oficial em inglês, great
white shark).
Na Espanha,
a denominação tradicional de origem medieval o identifica como jaquetón
(aumentativo de jaque, xeque em português), nome que acompanhado de distintos adjetivos se
aplica também a muitas outras espécies da família Carcharhinidae.
Existe também o nome jaquetón blanco (jaquetón-branco), derivado da
fusão entre o nome anterior e otiburón blanco (tubarão-branco), mais
popular na atualidade. O nome de marrajo, como é chamado às vezes em
países de língua espanhola, pode levar a confusões com outras espécies de
tubarão.
No Uruguai,
é dado também o nome de "africano"
a esta espécie. Em outros países existem denominações mais truculentas como
"devorador de homens", em Cuba. Neste último país, também é conhecido
como jaquetón de ley (jaquetón de lei), nome que, na Espanha, fica reservado para a
espécie Carcharhinus longimanus.
DESCRIÇÃO
Características
gerais
Os tubarões brancos caracterizam-se pelo seu corpo
fusiforme e peso , em contraste com as formas espalmada de outros tubarões. O
focinho é cónico, curto e largo. A boca, muito grande e arredondada, tem forma
de arco ou parábola. Permanece sempre entreaberta, deixando ver, pelo menos,
uma fileira de dentes da mandíbula superior e uma dos da inferior, enquanto a
água penetra nela e sai continuamente, pelas brânquias. Se este fluxo parasse,
o tubarão se afogaria, por causa dos opérculos,
que servem para regular a passagem correta de água, afundaria na mesma hora, já
que não possui bexiga natatória é condenado a estar em contínuo movimento para
evitar se afundar. Durante o ataque, as mandíbulas se abrem ao ponto de a
cabeça ficar deformada e fecham-se imediatamente de seguida, com força 5 vezes
a mordida humana.
Os dentes são grandes, serrados, de forma triangular e
muito largos. Ao contrário de outros tubarões, não possuem qualquer espaçamento
entre os dentes, nem falta de dente algum, antes, têm toda a mandíbula repleta
de dentes alinhados e igualmente capazes de morder, cortar e rasgar. Atrás das
fileiras de dentes principais, este tipo de tubarão tem duas ou três a mais em
contínuo crescimento, que suprem a frequente queda de dentes com outros novos e
vão-se substituindo por novas fileiras ao longo dos anos. A base do dente carece de raiz e encontra-se bifurcada, dando-lhe
uma aparência inconfundível, em forma de ponta de flecha.
Os orifícios nasais (narinas)
são muito estreitos, enquanto que os olhos são pequenos, circulares e completamente negros. No
lombo situam-se cinco fendas branquiais,
duas nadadeiras peitorais bem desenvolvidas e de forma triangular e
outras duas, perto da nadadeira caudal, muito mais pequenas. A caudal está muito desenvolvida, assim como a grande
nadadeira dorsal. Outras duas nadadeiras pequenas (segunda dorsal e anal),
perto da cauda, completam o aspecto de este animal.
Apesar do seu nome, o tubarão é apenas branco na
sua parte ventral, enquanto que a dorsal é cinzenta ou azulada. Este padrão,
comum a muitos animais aquáticos, serve para que o tubarão se confunda com
a luz solar ou com as escuras águas marinhas (em caso de
fazê-lo de cima para baixo), constituindo uma camuflagem tão
simples quanto efetiva. O extremo da parte ventral das barbatanas da espádua e
a zona das axilas aparecem tingidos de negro. A pele é formada por dentículos
dermicos ou dentículos
cutâneos, que dão o aspecto liso
sentido nariz cauda e extremamente áspero no sentido cauda/nariz.
Não obstante, a denominação de "tubarão-branco"
poderia ter a sua lógica no caso de se avistarem exemplares albinos desta
espécie, que são, contudo, muito raros. Em 1996, pescou-se, nas costas do Cabo Oriental (África do Sul),
uma fêmea jovem, de apenas 145 cm, que exibia esta rara característica.
Sentidos
As terminações nervosas do extremo lateral (Linha lateral),
captam a menor vibração ocorrida na água e guiam o animal até à presa, que está
causando essa perturbação. Outros receptores (conhecidos como ampolas de Lorenzini, são células especializadas,
com uma forma similar à de minúsculas "garrafas") situadas em toda
região da cabeça do animal, permitem-lhe captar também campos elétricos de
frequência variável, que provavelmente usam para orientar-se nas suas
migrações, percorrendo grandes distâncias. O seu olfato é tão potente que a
presença de uma só gota de sangue a quilômetros de
distância serve para atraí-lo, ao mesmo tempo que o torna muito mais agressivo.
A visão também é bem desenvolvida e tem um papel muito importante na
aproximação final à presa e o seu peculiar estado sempre atento, permitindo o
ataque a partir de debaixo da mesma.
Tamanho
O comprimento mais frequente entre os tubarões adultos é
de cinco a sete [metros] (sendo as fêmeas maiores do que os machos), ainda que
se conheçam casos de indivíduos excepcionais que ultrapassam amplamente estas
medidas. Na atualidade, não se pode assegurar qual é realmente o tamanho máximo
nesta espécie, fato que se vê reforçado pela existência de notas antigas, pouco
fiáveis, sobre animais realmente gigantescos. Vários destes casos analisam-se
no livro The Great White Shark (1991), de Richard Ellis e John E. McCosker, ambos peritos em
tubarões.
Durante décadas, muitos livros de referência no campo
da ictiologia reconheceram a existência de um tubarão-branco de
11 metros, capturado perto de Port
Fairy (sul da Austrália)
na década de 1870, o que se considerava o maior indivíduo conhecido. Ao abrigo
desta medida máxima de comprimento, os registros de tubarões brancos de sete
metros de largura foram considerados, até certo ponto, comuns e aceites sem
grande discussão. Apesar disso, vários investigadores puseram em dúvida a
fiabilidade do relatório de Port Fairy, insistindo na grande diferença de
tamanho entre este indivíduo e qualquer um dos outros tubarões brancos
capturados. Um século depois da captura, estudaram-se as mandíbulas do
animal, ainda conservadas, e pode-se determinar que o seu tamanho corporal real
rondava os cinco metros de comprimento. A confusão pode ter sido resultado de
uma falha tipográfica, um erro derivado da tradução de unidades de unidades
britânicas, ou internacionais (cinco metros são cerca de 16,5 pés), ou um simples
exagero.
Voltando a Ellis e McCosker, estes asseguraram, na sua obra,
que os maiores tubarões brancos rondam os seis metros de comprimento, e que as
informações sobre indivíduos de sete metros ou mais, especialmente as
existentes na literatura popular, não estão presentes na científica. Realçam o
acontecido, em igual base, com a anaconda e
a pitão gigante, "estes tubarões gigantes tendem a
desaparecer quando um observador responsável se aproxima com uma fita
métrica".
O maior exemplar que Ellis e McCosker reconhecem é um
tubarão-branco de 6,4 metros, capturado nas águas cubanas, em 1945, embora outras citações atribuam tamanhos variáveis que
chegam até aos 7,9 metros. Uma fêmea, de entre sete e 7,8 metros, foi
encontrada morta numa praia de Malta, em 1987, longe da zona com maior concentração de tubarões
brancos do Mediterrâneo.
Em 2006, a maioria dos peritos já está de acordo em que o
tamanho máximo que pode alcançar um tubarão-branco "não excepcional"
é de uns seis metros de comprimento e cerca de 1,9 toneladas de
peso. As informações sobre tamanhos muito maiores que este costumam
considerar-se duvidosas.
Relativamente ao peso, surge um novo problema, já que
este pode variar ligeiramente, em função do que o tubarão tenha comido e se o
fez o ou não há pouco tempo. Um exemplar adulto pode introduzir na boca até
quatorze kg de carne, numa só mordida, e armazenar várias vezes essa
quantidade, no seu estômago, até que termine de digeri-los. Por esta razão,
Ellis e McConker consideram possível que os tubarões brancos possam chegar a
alcançar as duas toneladas de peso, ainda que o mais pesado que se encontrou
até ao momento pese "apenas" 1,75 toneladas.
O mais pesado tubarão-branco reconhecido pela Associação
Internacional de Pesca Desportiva (IGFA, em inglês) é um exemplar de
1.208 kg, capturado por Alf Dean, em 1959, ao sul da Austrália. Conhecem-se muitos outros
exemplares mais pesados, mas a IGFA não os reconhece, por terem sido capturados
sem respeitar as normas impostas por esta organização.
DISTRIBUIÇÃO
O tubarão-branco vive sobre as zonas de plataforma
continental, perto das costas, onde a
água é menos profunda. É nestas zonas, onde a abundância de luz e correntes
marinhas provocam uma maior concentração de vida animal, o que, para esta
espécie, equivale a uma maior quantidade de alimento. Ainda assim, estão
ausentes dos frios oceanos ártico e
antártico, apesar de sua grande abundância em plâncton,
peixes e mamíferos marinhos. Os tubarões brancos têm um avançado metabolismo,
que lhes permite manterem-se mais quentes do que a água que os rodeia, mas não
o suficiente para povoar estas zonas extremamente frias.
Áreas com presença frequente de tubarões brancos são as
águas das Pequenas Antilhas, ou Golfo do México, Flórida, Cuba e a Costa Leste dos Estados Unidos até
à Terra Nova; a zona costeira do Oceano Pacífico na América do Norte (desde a Baja California até
ao sul do Alasca, onde chegam em anos anormalmente quentes) e da América do Sul na
costa leste desde o Estado brasileiro do Rio de Janeiro à Patagónia na Argentina e
na Costa Oeste desde o Panamá ao
Chile); arquipélagos do
Oceano Pacífico, como Havai, Fiji e Nova Caledónia; Austrália
(com a excepção de sua fronteira norte, sendo abundante na restante
área), Tasmânia e Nova Zelândia,
sendo muito frequente na zona da Grande Barreira de
Coral; norte das Filipinas e
todo o litoral asiático, desde Hainan até
ao Japão e Sacalina; Seychelles, Maldivas, África do Sul
(onde é muito abundante) e as zonas em volta dos estuários dos rios Congo e Volta; e a fronteira
costeira desde o Senegal até à Inglaterra,
com ajuntamentos consideráveis nas ilhas de Cabo Verde a
das Canárias, alcançando também os mares Mediterrâneo e Vermelho.
Nestas últimas zonas é onde a presença humana, manifestada através da
super-exploração pesqueira e a contaminação das águas, tem reduzido
consideravelmente a distribuição desta espécie. Apesar disso, parece que
persiste na área alguma zona de criação, como por exemplo o Estreito de Messina. Ocasionalmente, esta espécie pode alcançar também águas
da Indonésia, Malásia,
o Mar de Okhotsk e a Terra do Fogo.
Normalmente mantém-se a uma certa distância da linha
costeira, aproximando-se só naquelas zonas de especial concentração de atuns, focas, pinguins ou
outros animais de hábitos costeiros. Igualmente, costuma permanecer próximo da
superfície, ainda que, ocasionalmente, desça até cerca de um quilómetro de
profundidade.
ALIMENTAÇÃO
Os tubarões brancos diferem muito do que popularmente se
lhes chama, máquinas de matar, segundo a (lenda urbana).
Para poder capturar os grandes mamíferos que
constituem a base da sua dieta dos adultos, os tubarões brancos recorrem a uma
característica emboscada: colocam-se a vários metros por baixo da presa,
que nada na superfície ou perto dela, usando a cor escura de seu dorso como
camuflagem com o fundo, tornando-se assim, invisíveis para as suas vítimas.
Quando chega o momento de atacar, avançam rapidamente para cima, com potentes
movimentos do colo e abre as mandíbulas. O impacto costuma chegar ao ventre,
onde o tubarão aferra fortemente a vítima: se esta é pequena, como um leão-marinho, mata-a
no acto e posteriormente engole-a inteira. Se é maior, arranca um grande pedaço
da mesma, que ingere inteiro, já que os seus dentes não lhe permitem mastigar.
A presa pode morrer imediatamente ou ficar moribunda, e o tubarão voltará a
alimentar-se dela, arrancando um pedaço atrás de outro. Excitados pela presença
de sangue, a zona encher-se-á de tubarões. Em algumas zonas do Pacífico,
tubarões brancos arremetem com tanta força as focas e os leões-marinhos, que
estes se elevam alguns metros sobre o nível da água, com sua presa entre as
mandíbulas, antes de voltar a afundar-se. Esta espécie também consome carniça,
especialmente a que procede de cadáveres de baleia à deriva, dos quais arrancam
grandes pedaços. Próximo das zonas costeiras, os tubarões brancos consomem
grandes quantidades de objetos flutuantes, por engano: nos seus estômagos já se
chegou a encontrar, inclusive, placas de automóvel.
Tanto na caça como nos outros vários aspectos da sua
vida, o tubarão-branco costuma ser bastante solitário. Ocasionalmente vêem-se
parelhas, ou pequenos grupos, deslocando-se em busca de alimento, trabalho que
os leva a percorrer centenas de quilómetros. Ainda que preferentemente nómadas,
alguns exemplares preferem alimentar-se em certas zonas costeiras, como ocorre
em algumas regiões da Califórnia, África do Sul e, especialmente, Austrália.
INIMIGOS NATURAIS
O tubarão-branco é o maior dos peixes carnívoros e um dos
animais mais poderosos dos oceanos. Entretanto, tem um grande inimigo: o ser
humano.
Além disso, também tem que temer a orca e o cachalote.
Em outubro de 1997, nas águas que banham as ilhas
Farallon (na costa da Califórnia)
ocorreu um ataque de uma orca fêmea de 6,5 metros conhecida pelos cientistas
como ca2 contra um tubarão-branco jovem de 3 metros de tamanho,
durante o qual o tubarão morreu. Não há nenhum caso documentado de ataque de
orca contra um Carcharodon carcharias adulto, mas equipas de estudos
sobre o tubarão-branco, relatam que as orcas caçam tubarões brancos adultos
nomeadamente nas ilhas Farallon e Nova Zelândia. Ao detectarem a presença de
orcas os tubarões-brancos se retiram do local, regressando dias depois após as
orcas abandonarem o local.
REPRODUÇÃO
Ainda que apenas existam poucos casos de fêmeas grávidas
capturadas, pode-se afirmar que esta espécie prefere reproduzir-se em águas
temperadas, na primavera ou verão, e é ovovivípara.
Os ovos, de 4 a 10 ou talvez
até 14, permanecem no útero até que eclodem: é possível que no tubarão-branco
se dê o canibalismo intra-uterino (sendo as crias mais frágeis e os ovos ainda
por abrir devorados por seus irmãos mais fortes) da mesma forma que acontece em
outras espécies de lâmnidos, mas por agora não é algo que esteja totalmente
provado. Entre três ou quatro crias de 1,20 metros de comprimento e dentes
serrados conseguem sair ao exterior no parto e imediatamente se evadem de sua
mãe para evitar serem devoradas por ela. Desde então levam uma vida solitária,
crescendo a um ritmo bastante rápido. Alcançam os dois metros no primeiro ano
de vida; os machos, menores que as fêmeas, amadurecem sexualmente antes que
estas, quando alcançam os 3,8 m de comprimento, ainda que de acordo com
Compagno (1984) alguns indivíduos
poderiam amadurecer excepcionalmente quando contam com apenas dois metros e meio.
As fêmeas não podem se reproduzir até que alcancem entre 4,5 e 5 m de
comprimento.
Não se conhece muita coisa sobre as relações
intra-específicas que se dão nesta espécie, e o que sabe sobre o acasalamento
não é uma exceção. É possível que este se produza com mais frequência depois de
que vários indivíduos compartilham um grande banquete, como por exemplo, um
cadáver de baleia.
LONGEVIDADE
A vida média para esses animais não se conhece com
exatidão, mas é provável que oscile entre os 15 e 30 anos.
Segundo um estudo recente feito pelo Instituto
Oceanográfico Woods Hole, a longevidade dos
tubarões brancos é maior que se imaginava. Os estudos usaram datação por radiocarbono,
e descobriram que o método tradicional para mensurar a idade dos peixes é
impreciso em tubarões brancos maiores. Segundo o estudo esses animais podem
viver por até 70 anos.
PERIGO DE EXTINÇÃO
Devido à ampla área de distribuição desta espécie, é
impossível saber o número de tubarões-brancos que existem, ainda que seja de
forma aproximada. Apesar disso, sua baixa densidade populacional, unida a sua
escassa taxa de reprodução e sua baixa esperança de vida fazem que o
tubarão-branco não seja um animal precisamente abundante. A pesca esportiva do
tubarão, sem interesse econômico algum, se desenvolveu nos últimos 30 anos
devido, em grande parte, à popularidade de filmes como Tubarão (Steven Spielberg, 1975) até o ponto de se considerar a ameaça de extinção em
vários lugares.
A lista vermelha da IUCN incluiu o tubarão-branco pela primeira vez em 1990 como espécie insuficientemente conhecida, e
desde 1996, como vulnerável. O
II Apêndice do Convênio CITES o inclui como espécie vulnerável sendo explorada
irracionalmente.
As medidas de conservação devem se aplicar
obrigatoriamente sobre as populações em liberdade, já que a criação em cativeiro do
tubarão-branco é impossível, devido provavelmente ao acusado caráter nômada da
espécie (se tem dados de indivíduos visitando alternativamente as praias da África do Sul e Austrália,
a 2.200 km de distância). O único exemplar que chegou a ser exibido vivo
em um edifício foi uma fêmea jovem chamada Sandy, que viveu durante três
dias do mês de agosto de 1980 no aquário Steinhart,
de São Francisco. Depois de 72 horas em cativeiro, Sandy teve
que ser libertada após deixar de comer e de se provocar graves feridas ao se
chocar repetidamente contra uma das paredes do
seu recinto. Posteriormente, se descobriu que o que atraia Sandy até
esse lugar em particular era uma minúscula diferença de 125 microvolts
(milionésimos de volts)
de potencial elétrico entre essa parede e o resto das do aquário. A intensidade
do campo elétrico que Sandy detectava era tão pequena que passava
despercebida para qualquer dos outros animais que se encontravam no mesmo
tanque, incluindo vários tubarões de outras espécies. Por enquanto, não existe
nenhuma moratória legal internacional sobre a pesca do tubarão-branco, ainda
que esteja proibida em algumas áreas de sua distribuição. O tubarão-branco é
uma espécie protegida na Califórnia,
na costa leste dos Estados Unidos,
no Golfo do México, na Namíbia,
na África do Sul, nas Maldivas,
em Israel e
parte da Austrália (Austrália Meridional, Nova Gales do Sul, Tasmânia e Queensland).
A Convenção de Barcelona o considera uma espécie ameaçada no Mediterrâneo,
mas quase nenhum país com saída para este mar se efetuou alguma medida em favor
de sua conservação.
ATAQUES A SERES
HUMANOS
O tubarão-branco é uma ameaça que requer cuidados
extremos, já que mostra comportamento alimentar muito diversificado. Sua dieta
é composta basicamente por focas e leões-marinhos;
isso se dá porque esses animais possuem muita gordura. No entanto, essa espécie
se mostra agressiva à qualquer animal - presa - que transite próximo. Há muitas
dúvidas se essa postura é por curiosidade, ou realmente voracidade alimentar.
Cientistas ainda divergem se tubarões brancos confundem humanos com focas,
tartarugas ou leões-marinhos. Em alguns testes recentes, um boneco vestindo uma
roupa de mergulho foi seguidas vezes atacado por um tubarão branco, mesmo sem
conter aroma de carne, peixe ou esboçar movimentação. Para se ter uma idéia da
visão desses animais, eles conseguem distinguir espécies de leões-marinhos e
diferenciar o ataque por espécie, para evitar um possível ferimento durante a
caça. Como o corpo de humano não possui tanta gordura, o tubarão pode não
partir para o segundo ataque. O tubarão-branco pode projetar sua mandíbula
durante um ataque, o que aumenta o ângulo da mordida.
Apesar de se ter criado uma lenda urbana, os ataques de
tubarões contra seres humanos são bastante raros. Dentro desses, os do
tubarão-branco podem ser considerados anedóticos se comparados com os do tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier) ou
o tubarão-cabeça-chata (Carcharhinus leucas), o último dos quais pode incluir remontar grandes rios
(Mississipi, Amazonas, Zambeze etc.)
e atacar as pessoas a vários quilômetros do mar. Além disso, as mortes causadas
por estas três espécies em seu conjunto são inferiores às provocadas por
serpentes marinhas e crocodilos cada
ano, e inclui menores que os falecimentos ocasionados por animais tão
aparentemente inofensivos como abelhas, vespas e hipopótamos.
Considera-se que é mais provável morrer de um ataque do coração em alto-mar que por um ataque de um tubarão. Conforme
Douglas Long, "morre mais gente cada ano por ataques de cachorros do que por ataques de tubarões brancos nos últimos
100 anos". Em lugares onde a sua presença não é tão abundante, os ataques
alcançam números realmente irrisórios: por exemplo, em todo o Mediterrâneo só
se tem confirmado 31 ataques contra seres humanos nos últimos 200 anos, em sua
maioria sem resultado de morte. De acordo com alguns investigadores americanos,
a cifra de ataques de tubarões brancos a nível global entre 1926 e 1991 seria de 115, sendo Califórnia, Austrália e África
do Sul os lugares de maior concentração desses ataques.
Essa escassez de ataques, sobretudo mortais, pode ser
ocasionada porque a que a maioria dos tubarões em geral e os brancos, em
particular, não considerem aos humanos como autênticas presas potenciais. Ou,
devido à queda na população deste animal. De feito, é possível que o sabor da
carne humana seja incluso como algodesagradável, e também seja menos nutritiva
e muito mais difícil de digerir que a de baleia ou foca. A grande maioria de
ataques consistem em uma única mordida, depois o qual o animal se retira,
levando poucas vezes alguma parte da infortunada vítima (principalmente pés e
pernas). Estes ataques podem ter as seguintes razões:
·
O tubarão não ataca a
vítima com intenção de comê-la no ataque, mas porque a considera uma intrusa na
sua atividade diária e vê-a como uma ameaça em potencial. Por isso, a mordida e
posterior retirada do tubarão nada mais seria do que uma desproporcionada
advertência.
·
O animal sente-se
confuso ante algo que nunca tinha visto antes e não sabe se é comestível ou
não. Portanto, o fugaz ataque é uma espécie de "mordida-prova" com a
intenção de descobrir se pode ou não alimentar-se desse novo elemento, no
futuro. O possível sabor desagradável e complicações digestivas posteriores
farão com que o tubarão não volte a caçar humanos, após esta experiência.
Dada a natureza do ataque, a vítima humana morre apenas
em raras ocasiões, durante o mesmo. Quando isso acontece, a maioria das vezes é
devido à perda massiva de sangue,
que deve evitar-se de imediato. A libertação de sangue na água pode atrair
também outros tubarões e peixes carnívoros, de diversas espécies, que podem
ver-se impulsionados a realizar suas próprias "mordidas de prova",
que piorarão o estado da vítima. Contudo, o perigo de ataque existe sempre, por
mais remoto que seja. Uma pesquisa mostra que cerca de 80% das mortes causadas
por tubarões brancos ocorreram em águas bastante quentes, quase cálidas, equatoriais,
quando a maioria destes animais vive em zonas temperadas. Isto se deve
provavelmente ao fato de que a grande maioria dos tubarões brancos são jovens e
crias, que necessitam das águas temperadas para o seu desenvolvimento, enquanto
que nas zonas mais quentes apenas entram os indivíduos maiores e velhos, que
são muito mais violentos e perigosos.
Fizeram-se vários ensaios de métodos para evitar as
feridas por mordedura de tubarão-branco, em caso de um ataque repentino, entre
elas encontram-se repelentes químicos, cotas de malha metálicas que se sobrepõem aos trajes de mergulho e
acessórios que geram um campo eléctrico em torno do tronco do surfista e
desorientam qualquer tubarão que se aproxime. No entanto, por muito eficientes
que possam ser estes métodos, parece evidente que o melhor a fim de evitar
ataques será não cometer imprudências, como afastar-se demasiado da costa,
nadar sozinho ou nas primeiras e últimas horas do dia, ou, evidentemente,
aproximar-se, de forma deliberada, de um exemplar, sobretudo se for de tamanho
considerável.
O TUBARÃO-BRANCO NA
FICÇÃO
Na ficção, o tubarão-branco aparece como encarnação do
perigo, em várias culturas. No entanto, a atual caracterização popular do
tubarão-branco como o assassino do mar, por excelência, não existiria (ou
não estaria tão difundida) se não fosse o filme Tubarão, em 1975. O filme é baseado na novela Jaws
(romance) (1974) de Peter Benchley, que se inspira vagamente no sucesso
histórico: a morte e mutilação de diversas pessoas, causadas por ataques de um
tubarão que foi identificado como branco, em Nova Jersey,
em 1916. Este filme virou as
atenções para o tubarão-branco. Entretanto, outros filmes se fizeram, e o
tubarão aparece neles como assassino, repetindo o êxito de seu predecessor.
Entre esses está também o filme de animação Procurando Nemo,
em 2003, da Disney, que inclui personagens cômicos representados por este
tubarão.
CONCLUSÃO
Os sentidos do tubarão-branco são muito aguçados.
Consegue captar minúsculos campos
elétricos gerados pelo organismo dos
outros animais, o que facilita bastante encontrar sua presa. Para se ter uma ideia,
eles podem sentir um campo elétrico até 20.000 vezes menores que 1 volt, o
equivalente ao da batida do coração de um peixe.
Além de toda essa habilidade, o tubarão-branco possui um
olfato muito potente. A presença de uma só gota de sangue a quilômetros de
distância é notada facilmente pelo tubarão. A visão também é desenvolvida. Seus
olhos possuem uma membrana que atua como tela refletora e aumenta a
sensibilidade visual. Enxerga perfeitamente no escuro e é o único tubarão que
coloca a cara fora da água para enxergar. Por isso é considerado um tubarão
muito curioso, que gosta de explorar e morder objetos estranhos, o que o torna
perigoso para os humanos.
Os tubarões-brancos podem ser encontrados em quase todos
os oceanos do planeta, devido a sua capacidade de manter a temperatura do corpo
mais elevada do que a do ambiente que o rodeia. Assim, sobrevive facilmente até
mesmo em águas extremamente geladas. São encontrados na costa oeste
norte-americana, no litoral Sul da Argentina, na Austrália, no Brasil e até
no Mar Mediterrâneo.
REFERENCIA
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«Size and age of the white
pointer shark,Carcharodon carcharias (Linnaeus)». Consultado
em 2016-08-30.
5.
«"Proposta a fim de incluir
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em 2016-08-30.
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11. Cruz, G. "Novo estudo constata longevidade extrema em tubarões
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