tráfico de escravo

Introdução
A procura do caminho marítimo para a Índia, Cristóvão Colombo acidentalmente desembarca na América Central nas ilhas de Cuba e Haiti em 1492, pensando este que havia chegado a Índia. E em 1500 o português Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, assim a América esta descoberta. Região férteis para a agricultura os portugueses mandam para a América: presos, bandidos, prostitutas, assassinos e em uma só palavra degredados europeus. Mais este não adaptaram-se com as condições climáticas e ao trabalho da agricultura pois estes nunca tiveram domínio de tal ofício e muitos acabaram por sucumbir. Dando assim inicio a transportação dos escravos africanos para a América nas Antilhas espanholas em1510, para trabalharem na produção da cana-de-açúcar. Em 1515 como a chegado do primeiro carregamento a Espanha de açúcar produzindo na América, isso dá início ao Comércio Triangular.      
Portugal faz do Brasil sua colónia preciosa desde muito como sendo o fundo da economia portuguesa, mais com o decorrer do tempo o Brasil alcança a sua independência em 1822. Portugal vê-se na necessidade de procurar novos mercados para poder sustentar a sua económica, recorrendo assim aos pequenos núcleos existentes no atlântico (costa de África) e no Índico (costa da Ásia).
Com a independência do Brasil em 1822, Portugal forma em África o «Império Africano de Portugal» e desaparece o «Império Luso – Brasileiro».
Graças a Revolução Liberal que Portugal vivia, permitiu o ascender de Sá da Bandeira que a 10 de Dezembro de 1836 publicou um decreto que abolia o tráfico de escravo legal em todas as colónias portuguesa. 

Neste período a economia angolana encontra-se dividida em dois eixos, fruto da independência do Brasil e dos decretos da abolição do tráfico de escravo:
Comércio ilícito:
É o comércio ilegal que surge como consequência da resistência dos traficantes à abolição do comércio de escravo, que em muitos dos casos contava com a ajuda de muitos chefes africanos, vendendo o seu próprio povo em troca de míseras coisas.
Com a abolição da escravatura essa actividade por ser considerada ilegal passou-se a realizar de maneira clandestina com a abertura de novos portos de embarque de escravos em Benguela e Moçamêdes.
Em contra partida no Brasil também é decretada uma lei em protesto do tráfico negreiro por Eusébio de Queiroz a 4 de Setembro de 1850, na qual esta lei mandava encerrar todos os portos brasileiros abertos ao comércio de escravos e mandava apreender todos os navios que fossem encontrados com escravos.
Com todas essas leis e decretos proibindo o tráfico de escravo, alguns traficantes viram-se na necessidade de mudarem de actividade económica, virando-se assim no comércio agrícola, caça, cultivo do algodão, café, tabaco, amendoim, óleo de palma, borracha, marfim, etc. 
Comercio Lícito:   
Chamamos a este comércio de comércio legal, permitido ou mesmo aprovado.
O comércio lícito influenciou de uma forma positiva para o crescente desenvolvimento da colónia de Angola em vários âmbitos tais como:
·          Desenvolvimento das navegações a vapor ao longo do rio kwanza;
o   Desenvolvimento dos transportes;
o   Activação das antigas rotas feitas pelas caravanas comerciais do interior para o litoral (permitindo o controle das terras férteis);
o   Eliminação dos intermediários africanos;
o   Com do desenvolvimento da agricultura surge a construção das linhas férria

- Caminho – de - ferro de Luanda (1914);
- Caminho – de - ferro de Benguela (1903 – 1929);
- Caminho – de - ferro de Moçâmedes (1905 – 1961).       
1. 1 - Contexto Histórico da Abolição do Tráfico de Escravo Negros
Um dos maiores genocídios que o mundo presenciou se não mesmo o maior da humanidade foi o tráfico de escravo negro, tendo durado 500 anos, como até hoje é conhecido.
A abolição do tráfico de escravo não foi feita por motivos filantrópicos, pena e amor aos africanos, pese embora existiram movimentos contra este mal a que os africanos estavam sujeitos, mais o verdadeiro motivo foram interesses económicos devido a revolução industrial que se desenvolvia na Europa.  
Para uma melhor compreensão vamos abordar os seguintes factos:
·          Séc. XV - intercâmbio entre as várias regiões do mundo (Comércio Triangular); surgimento das grandes organizações europeias para o tráfico de escravos (as companhias comerciais).
·          Segunda metade do séc. XVI - com a produção crescente da cana – de – açúcar houve a necessidade de mais escravos, não só no Brasil como em toda América.
·          Séc. XVII – com a diversificação na produção exigia a crescente procura da mão - de – obra barata.
·          Nos finais do séc. XIX e princípio do séc. XX – Surge o Imperialismo que é a fase mais avançada do capitalismo; a produção aumenta e consequentemente a densidade populacional; acumulação do capital em alguns países da Europa; aparecimento da burguesia comercial na Europa; crescimento das indústrias e a necessidade de mercado para a venda dos seus produtos; exploração dos africanos com os produtos industrializados da Europa.  
Tudo isso para estarmos actualizados e situados quanto o assunto em causa.
Existiram dois motivos ou razoes para a abolição do tráfico de escravo:
1.    Razoes humanitárias
O séc. XVIII é considerado como o século das luzes, com o surgimento de uma nova corrente ideológica que vai iluminar a consciência da humanidade fazendo com que estes tenham o poder da razão e do raciocínio. Alguns filósofos europeus como: Kant, Jean-Jacques Rousseau, Jonh Locke, Voltaire, Montesquieu, etc., estes defendiam o poder pela razão e pelo progresso. Estes também procuravam instruir os homens defendendo a ignorância social, o desequilibro social assim como o abuso do poder. Com isso o sofrimento dos escravos negros começou a ser motivo de atenção dos intelectuais europeus, originando assim o surgimento de movimentos abolicionistas ao tráfico negreiro.
Surge na Inglaterra os Quakers defendendo a abolição da escravatura já desde 1671, reclamações estas que não deram em nada.
Apareceram também movimentos religiosos contra o tráfico negreiro, os Metodistas. Nos meados do séc. XVIII os intelectuais britânicos começaram a manifestarem - se contra a desumana prática (Wilberfoce). O ano de 1771 é proibido o tráfico negreiro na Inglaterra. Alguns papas criticaram a escravatura negreiro, mais nada fizeram para por fim.   
O séc. XIX, com o despontar económico e politico em alguns países da Europa, surge motivos ou razões para a abolição definitiva da escravatura negra. 
2.    Razões Económicas
Nos finais do séc. XVIII, a Inglaterra dá o pontapé ao processo da «Revolução Industrial» pois que, as máquinas vão tornar desnecessário o elevado número de escravos, existindo assim fortes motivos para a abolição do tráfico de escravo.
Obs: Estudarem a independência das 13 colónias na América.  
A Inglaterra com o progresso na Industrialização, houve um aumento significativo na produção, tendo assim a necessidade de mercados permanentes para o escoamento dos seus produtos industrializados. A Inglaterra desejosa de se tornar um império em toda Europa como também em África.
Podemos concluir que as razões económicas e a perda das 13 colónias foram os motivos para a abolição do tráfico de escravo em 1807 em todos os territórios britânicas.