MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS

INTRODUÇÃO
Neste trabalho abordarei sobre os Movimentos migratórias Acção e efeito de emigrar ou deixar o próprio país para ir viver em outro. Também por extensão se denomina migração os movimentos da população que se produzem dentro do próprio país. O termo emigração refere-se ademais ao conjunto de habitantes que trasladam o seu domicilio; já seja por um tempo ilimitado ou temporariamente, de um país, região ou povo a outro distinto. Ainda que se trata do mesmo fenómeno, denomina-se imigração quando o ponto de observação é o da recepção de massas migratórias e emigração quando o fenómeno é observado desde o lugar emissor.
Melhor dizendo que a Imigração e quando você sai de um lugar de sua terra e vai para outra. As razões que levam o ser humano a emigrar respondem a uma necessidade de carácter vital que pode ser suscitada por questões de restrição económica, política, ambiental, social e/ou de segurança. Geralmente, as pessoas que tendem a emigrar, estão buscando melhores condições de vida. Na actualidade os países com um índice grande de emigração são os da ÁfricaAmérica do Sul e Ásia, aos que os países desenvolvidos chamam de países do terceiro ou países em desenvolvimento.


MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
Impulsionados por motivos diversos, como a fome, a conquista territorial, a fuga a perseguições políticas e religiosas, as crises económicas, entre outros, os movimentos migratórios têm se realizado ao longo da história de forma contínua.
Cada época marca seu motivo. A verdade é que os movimentos de popu­lação permitiram o povoamento do mundo e significaram a expansão de etnias, línguas, religiões e conhecimento, num emaranhado processo que dá ao mundo actual os traços de grande diversi­dade e riqueza cultural que observamos.
As chamadas Grandes Navegações ou “grandes invasões”, por exemplo, foram responsáveis pela colonização do continente americano a partir do século XVI; e significaram a difusão da cultura dos europeus, a qual entrou em choque com as culturas das comunidades indí­genas que já habitavam o território.
Esse deslocamento populacional foi estimulado pelo expansionismo territorial das potências europeias da época, que buscavam fontes de matérias-pri­mas e novos mercados para seus pro­dutos, portanto, tinha motivação geopolítica e económica. Essa migração aumentou maciçamente no século XIX e começo do XX.
Paralelamente, perseguições políti­cas e religiosas, guerras e crises económicas foram responsáveis por grandes deslocamentos humanos da Europa e Ásia para as Américas. Outras partes do mundo sofreram estimulação migrató­ria mais localizada, como é o caso da Austrália e Nova Zelândia, onde a pers­pectiva de melhoria de condições de vida, com a possibilidade de mobilida­de social (ascensão económica), incen­tivou especialmente parte da popula­ção da Grã-Bretanha a emigrar.


MIGRAÇÃO
Migração é o deslocamento de indivíduos dentro de um espaço geográfico, de forma temporária ou permanente. Esses fluxos migratórios podem ser desencadeados por vários motivos: económicos, culturais, religiosos, políticos e naturais (secas, terramotos, enchentes etc.).
A migração económica é a que exerce maior influência na população. É entendida como o deslocamento de contingentes humanos para áreas onde o sistema produtivo concentra uma maior ou uma melhor oportunidade de trabalho.
TIPOS DE MIGRAÇÕES
Migrações internacionais – as que ocorrem de um país para outro:
·         Imigração – é caracterizada pela entrada de indivíduos ou grupos, em outro país. O imigrante é visto do ponto de vista do país que o acolheu O termo se aplica só às pessoas que pretendem fixar residência permanente no país adotivo, participando da sua vida social.
·         Emigração – é caracterizada pela saída de indivíduos ou grupos, de seu país de origem, para se estabelecer em outro. Emigrante é aquele que mudou de seu país para residir em outro, visto do ponto de vista do país de origem.
·         Migrações internas – são aquelas que ocorrem dentro do próprio país:
·         Êxodo rural ou rural urbana – é o deslocamento da população rural para a cidade.
·         Migração urbano-rural – é o deslocamento das pessoas da cidade para o campo.
·         Migração urbano-urbana – é a mudança de indivíduos de uma cidade para outra.
·         Migração pendular – típica das grandes cidades, onde centenas de pessoas saem de sua cidade para trabalhar em outra, retornando no final do dia.
·         Migração sazonal – ligada às estações do ano, onde o migrante sai de sua cidade, em determinado período do ano, retornando posteriormente. Um exemplo são os trabalhadores que saem das regiões secas do Nordeste em busca de trabalho em outras regiões.
FLUXO MIGRATÓRIO
Fluxo migratório é uma referência genérica ao movimento de entrada (imigração) e saída de pessoas (emigração). Migrante é todo aquele que saiu de seu lugar de moradia por um período mais ou menos longo de tempo. Para o lugar de onde ele saiu o migrante é um emigrante. No lugar para onde ele vai, ele será um imigrante.
Na actualidade, como no passado, as populações estão em permanente deslocamento. O planisfério mostra as principais migrações, assinalando igualmente as regiões de acolhimento e as regiões de origem dos migrantes.
Fluxos migratórios fazem parte do processo de globalização, pois com o deslocamento de pessoas acontece o deslocamento de informações culturais, económicas, sociais e políticas. Com o desenvolvimento de novos meios de transporte, os fluxos de migração têm aumentado, pois se deslocar de um local para outro tem se tornado uma pratica cada vez mais fácil, rápida e económica.
O fluxo migratório é uma maneira que as pessoas acham de tentar uma nova vida em outro país ou até mesmo continente. Os motivos das migrações podem ser por causa de catástrofes ambientais , falta de trabalho , ou desastres naturais.
Os principais fluxos migratórios são América Anglo-saxônica e países da Europa Ocidental por serem países desenvolvidos com baixos custos de vida, por terem uma economia desenvolvida, alem de saúde e etc...

CAUSAS DAS MIGRAÇÕES ACTUAIS
Os movimentos migratórios actuais rela­cionam-se, principalmente, a duas causas:
·         A busca por melhores condições de vida – caracteriza os deslocamentos populacionais provocados pela miséria que se concentra em algumas partes do mundo. Por­tanto, têm carácter económico, constituindo fluxos ou correntes migratórias de países pobres para países ricos. Exemplos: pós-década de 60 (século XX), da Europa Mediterrânea para a Euro­pa Ocidental; na actualidade, do norte da África para países europeus, de regiões da América Latina para os EUA e Canadá, do extremo oriente para as Américas. Essas migrações são vistas como o efeito colateral mais perverso da globalização.
·         A fuga de regiões em conflito  – trata-se de migrações provocadas por guerras locais, portanto, têm motivação político-bélica, constituindo um verdadeiro êxodo para os países que recebem os refugiados. Esses deslocamentos ocorrem por uma questão de sobrevivência às perseguições motivadas por conflitos étnicos e às atrocidades cometidas contra as populações ci­vis. Os exemplos mais recentes fo­ram os que ocorreram na Bósnia-Herzegovina e Kosovo.
·         Mas é no continente africano que se desencadeia a maior quantida­de de movimentos migratórios: são legiões de refugiados vagando pelo espaço local, à procura de abrigo, fugindo de guerras tribais, instabilidades políticas, questões raciais e religiosas e golpes mili­tares.
ÁREAS DE REPULSÃO E ATRACÇÃO
Hoje, no mundo, podemos identi­ficar algumas áreas com característi­cas de repulsão (países emissores) e de atracção (países receptores) no espaço terrestre, que levam milhares de pessoas a se deslocar.
Como áreas de repulsão, podemos identificar:
a) América Latina (México, Amé­rica Central e América do Sul) – com seus históricos problemas de desequilíbrio económico, provocados por endivida­mentos e mau gerenciamento do dinheiro público, gerando enormes bolsões de pobreza.
b) África  – onde, além da pobreza crónica da população, ocorrem conflitos raciais de extrema vio­lência dentro dos países arti­ficialmente criados pelos colo­nizadores europeus.
c) Ásia  – o continente que concentra o maior contingente absoluto de pobres do mundo onde as estruturas sociais são pro­fundamente injustas, muitas vezes exacerbadas pelos siste­mas de castas e pelo comportamento religioso.
d) Leste Europeu  – onde o fim do socialismo gerou enorme desor­ganização económica, com a eli­minação de empregos e benefí­cios estatais, expondo diferenças antes controladas pela ideologia política comum, provocando con­flitos étnicos e religiosos.
O desenvolvimento do capitalis­mo internacional concentrou, parti­cularmente, a riqueza em algumas regiões do globo, atraindo as popula­ções empobrecidas que têm grande desejo de participar dos benefícios decorrentes desse poder.
Como exemplos dessas áreas de atracção, podemos identificar:
a) América Anglo-Saxônica – os EUA e, em menor escala, o Ca­nadá, com suas ricas econo­mias, são atractivos para as po­pulações latino-americanas, principalmente mexicanos e centro-americanos que vêem na poderosa nação (EUA) a solução para seus problemas.
b) Europa Ocidental – essa região concentra as principais econo­mias do continente: Alemanha, França, Itália e Reino Unido, além da Holanda, Suécia e Suí­ça. A Europa é circundada por várias regiões com economias problemáticas, como a África, Oriente Médio, Europa Oriental e, mais distante, o Sul e Sudeste Asiático.
Quando, nos anos 60 (século XX), os países acima citados começaram a apresentar um desenvolvimento mais ace­lerado, libertando-se dos pro­blemas gerados pela Segunda Guerra Mundial, teve início a imigração. Em princípio, ela ocorreu na própria Europa (migração intercontinental), dos países mais pobres, como Por­tugal, Irlanda, Grécia, Espanha, e Turquia em direcção aos países centrais. Mais tarde, também começaram a chegar os imi­grantes de outros continentes (migração intercontinental’), os quais eram bem-vindos à medi­da que forneciam mão-de-obra barata, substituindo os traba­lhadores locais em serviços ge­ralmente braçais. O mais típico exemplo foram os turcos mi­grando principalmente para a então Alemanha Ocidental.
En­tretanto, as crises económicas e as transformações na estrutura de trabalho, com a automação, reduziram os empregos. Surgi­ram, então, as sombras da xe­nofobia. A situação ficou pior com o fim do sistema socialista e o surgimento de grupos euro­peus orientais desempregados e empobrecidos. A partir daí, o imigrante estrangeiro passou a ser visto como um intruso ou concorrente indesejado, levan­do muitos países a adoptar me­didas restritivas.
c) Japão  – relativamente recentes nos processos migratórios, os países começaram a se tornar um pólo de atracção a partir de seu acelerado crescimento económico dos anos 70. Inici­almente os imigrantes provi­nham das cercanias de China, Taiwan e Coreia do Sul. O enve­lhecimento precoce da popula­ção, entretanto, serviu de maior atractivo, levando a um aumento da imigração, com destaque para o brasileiro, (de kassegui), trabalhador não-qualificado, aproveitado para as tarefas bra­çais. Milhares de famílias brasi­leiras mudaram para o Japão em busca de dólares.



CONCLUSÃO
Conclui que os movimentos migratórias são deslocamento de pessoas de um lugar para o outro é fenómeno tão antigo quanto o homem. Os movimentos migratórios são amplos e complexos, pois envolve as mais variadas classes sociais, culturas e religiões. Os motivos que levam a tais deslocamentos são diversos a apresentam consequências positivas e negativas, dependendo das condições e dos diferentes contextos socioeconómicos, culturais e ambientais em que ocorrem. Existem, por exemplo, causas religiosas, naturais, culturais, politico-ideológica e também as guerras, entre outras, associadas aos movimentos migratórios. Mas o que se verifica ao longo da história é que predominam os factores económicos, como principal causa dos movimentos migratórios humanos. Nas áreas de repulsão populacional, observam-se crescente desemprego, subemprego e baixos salários; já nas áreas de atracção populacional, vislumbram-se melhores perspectivas de emprego e salário e, portanto, melhores condições de vida. É o caso da emigração para os países desenvolvidos com destaque para os EUA, Canadá, Japão, Austrália e países da Europa Ocidental, o que faz com que esses países tenham um elevado número de imigrantes.


BIBLIOGRAFIA
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