A VOLUMETRIA E GRAVIMETRIA

INTRODUÇÃO
No presente trabalho abordarei sobre a Volumetria e Gravimetria em que a Gravimetria ou Análise Gravimétrica é a análise química quantitativa que se baseia no cálculo da porcentagem das espécies envolvidas em uma reacção através da determinação da massa dos reagentes. Para melhor entender, suponha que você tenha uma amostra de sal de cozinha - NaCl (cloreto de sódio) - e queira descobrir a percentagem de Cl- (íons cloreto) que contém a amostra: a Análise Volumétrica desvenda o mistério. Antes de realizar o experimento é preciso saber algumas particularidades sobre o NaCl. Os sais e outros grupos de minerais são considerados compostos iónicos porque possuem íons, a formação do sal de cozinha (cloreto de sódio) se dá a partir de átomos de sódio (Na) e de cloro (Cl), é a substância que mais representa uma ligação iônica. 
A VOLUMETRIA E GRAVIMETRIA
Volumetria consiste em um método de análise química quantitativa que se fundamenta na medição do volume de solução de um reagente necessário e suficiente para efectuar determinada reacção. A volumetria é também chamada de titrimetria, termo oriundo do inglês titration, titulação. A titulação é uma das técnicas utilizadas em volumetria. Em um processo titulante determina-se o volume de uma solução "A" que reage com uma outra solução "B" de concentração e volume previamente determinados (quando a espécie química a dosear é um ácido ou uma base, a volumetria toma o nome de volumetria ou titulação ácido-base). A partir desse volume de "A" que reagiu com "B", podemos determinar a concentração de "A" através da fórmula:
Em que:
·        Ca = Concentração da solução "A"
·        Va = Volume da solução "A"
·        Cb = Concentração da solução "B"
·        Vb = Volume da solução "B"

Um indicador é utilizado para indicar quando a reacção entre A e B se completou, e esse indicador vem a ser escolhido de acordo com o tipo da reacção química. Por exemplo: quando reagimos NaOH com HCl, devemos utilizar um indicador ácido-base que irá revelar o momento em que a reacção se completou.
Reacções de precipitaçãooxiredução e complexação demandam seus respectivos tipos de indicadores. Para que a solução mude de cor ou forme precipitado sempre há um excesso de reagente, que deve ser determinado através de cálculos antes de se aplicar os dados obtidos da reacção na fórmula citada acima.




VANTAGENS E DESVANTAGEM
A volumetria é um método muito mais rápido que a análise gravimétrica, é mais fácil de ser instalado em campo e laboratório e viável economicamente possui como desvantagens ser um método menos preciso que a análise gravimétrica. A volumetria exige a padronização das soluções de concentração conhecida, sobre a qual se dará fundamentalmente a determinação, e estas necessitam apresentar a concentração a mais exata possível.
 Estas soluções ditas tituladas necessitam ser estáveis quimicamente, não apresentar ao longo do tempo significativa modificação química, caracterizando-se como confiáveis, e estas soluções tituladas dependem de um padrão ainda mais fundamental, que seriam padrões primários, substâncias cuja estabilidade os leva, somada a uma característica de poderem ser medidos com alta precisão, como por exemplo por determinação de sua massa em balança analítica, a fornecerem a padronização de todas as demais soluções a serem utilizadas nas titulações e análises subsequentes.
Apesar de ser um conjunto de técnicas relativamente antigas em química analítica, representa significativa economia e adequada confiabilidade nos laboratórios com menos recursos, podendo perfeitamente ser aplicada na quantificação da grande maioria de compostos químicos em diversos segmentos da indústria e em controle de qualidade. Presta-se para o controle tanto de qualidade (teor) de matérias primas, quanto de intermediários, assim como produtos acabados, e sua precisão supera muitas vezes as exigências de diversos sectores.
Permite ser realizada, por exemplo, a depender das concentrações a serem controladas, dispensando-se o uso de buretas precisas, e apenas dispondo-se de seringas, mesmo feitas de polímeros e disponibilizadas em kits práticos, para uso por profissionais em campo, que não sejam químicos experientes nem mesmo profissionais com formação superior ou técnica sofisticada.



TIPOS DE VOLUMETRIA
Volumetria por precipitação
Neste tipo de análise volumétrica ocorre a precipitação dos reagentes envolvidos na reação, as soluções usadas são de sal de prata e sal de bário. Um exemplo: quando se usa como solução-padrão a prata (Ag+) e como solução problema reagentes que contenham os íons Cl- e Br-, o precipitado será um halogeneto de prata insolúvel (AgBr, AgCl).
Volumetria por neutralização
A análise neste caso ocorre entre um ácido e uma base. Se for usada uma base como solução problema, a concentragem da solução é determinada pela adição de um ácido. Agora, se for um ácido a solução problema, a solução padrão precisa ser básica para chegar à concentração final. Exemplo: essa análise é usada para determinar a concentração de NaOH (hidróxido de sódio) que é uma base, através de uma solução padrão de H2SO4 (ácido sulfúrico) que é ácida.
Volumetria por oxirredução
As reacções de oxirredução são usadas para dosar soluções. A análise é realizada através de uma solução redutora e uma solução titulada, por exemplo, pode-se usar uma solução titulada de permanganato de potássio (KMnO4) para determinar a concentração de ácido clorídrico em determinada solução, neste caso o ácido clorídrico funciona como redutor na reacção. Nessa análise os íons presentes estão em movimento e provocam a oxidação e redução simultaneamente.
DIVISÃO
A volumetria está didáctica e sistematicamente dividida em quatro tipos, classificados com base no tipo de reacção química principal envolvida na determinação.
·         Volumetria ou titulação ácido-base: Baseia-se na reacção de um ácido com uma base. O factor de controle da realização e finalização da reacção é o pH, que representa a quantidade de íons hidrogênio (H+) ainda presente no meio reaccional.
Existem titulações ácido-base que não se dão em meios aquosos, ocorrendo em outros solventes, como o etanol ou o ácido acético puro. Nestas titulações, até mesmo os indicadores não são dissolvidos em água.
·         Volumetria ou titulação de Óxido-Redução ou Redox: este método envolve o uso de agentes oxidantes para a titulação de agentes redutores (e vice-versa). Tem como restrição básica a necessidade de grande diferença entre os potenciais de oxidação e redução, de modo permitir resultado do andamento e final da reacção mais nítidos. Tais resultados e andamentos são medidos por meio de indicadores químicos ou através de diversos métodos de medição relacionada a corrente eléctrica (métodos eletrométricos), que seriam indicadores físicos para o comportamento da reacção.
·         Volumetria de Precipitação: O agente titulante forma um produto insolúvel, um precipitado com a solução em análise (o analito). Apesar de ser efectuada com técnicas semelhantes as da análise gravimétrica, não é limitada pela necessidade de uma massa final mensurável (em outras palavras, não necessita-se de isolar o precipitado es secá-lo), podendo utilizar-se de outros parâmetros com seus métodos para a quantificação dos resultados. Entre estes métodos, utiliza-se a potenciometria (determinação do pH), a condutimetria (determinação da condutividade elétrica), a amperometria (determinação da corrente elétrica produzida), ou ainda o método fotométrico (determinando-se a coloração, pela absorbância por meios eletrônicos).
·         Volumetria de Complexação: A reação que utiliza é a complexação, que é a formação de um complexo, preferencialmente colorido, solúvel em água com o analito, no caso, um íon metálico. Baseia-se, fundamentalmente, em que muitos íons metálicos formam complexos suficientemente estáveis. Este reagente complexante muitas vezes é um agente quelante. As reacções envolvidas na determinação e seu andamento e finalização podem ser controladas pelo pH.


 

GRAVIMETRIA
Gravimetria é a medida do campo gravitacional. A gravimetria é importante quando a magnitude do campo gravitacional ou as propriedades dos materiais que geram este campo são de interesse em estudos normalmente relacionados à Geofísica e a Geodésia.
Em química, a gravimetria é uma análise que consiste na determinação indirecta da massa de um ou mais constituentes de uma amostra. Antes do RSU, como o papel, o papelão, o plástico, o metal, a matéria orgânica, dentre outros. Através da análise da composição deste resíduo, pode-se estimar o potencial de recuperação dos materiais encontrados, identificar fontes de geração de cada componente, facilitar a escolha do equipamento de processamento, estimar propriedades térmicas, avaliar a adesão da população a campanhas já implantadas, identificar o volume gerado de cada material, definir as possibilidades de destinação de cada parcela e o grau de periculosidade do resíduo.
A composição dos resíduos sólidos de uma localidade varia de comunidade para comunidade, de acordo com os hábitos de sua população, o número de habitantes do local, seu poder aquisitivo, as variações sazonais, o clima, o padrão de desenvolvimento, o estilo de vida, o padrão de consumo, o nível educacional, dentre outros factores. Esta multiplicidade de factores intervenientes na geração dos resíduos faz com que a definição da sua composição se torne difícil e ao mesmo tempo essencial.
UNIDADES DE MEDIDA
A gravidade normalmente é medida em unidades de aceleração. No sistema de unidades S.I., a medida de aceleração padrão é igual a 1 metro por segundo ao quadrado (abreviado como m/s2). Outra unidade usual é o Gal (abreviatura de Galileu), que é igual a 1 centímetro por segundo ao quadrado. O miliGal (10−3×Gal) é muito utilizado para representar pequenas variações do campo gravitacional.
MEDIDA DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE
O instrumento que mede a aceleração da gravidade é conhecido como gravímetro. Em uma de suas formas mais simples, o gravímetro contém uma mola conectada à um objeto pequeno e compacto (massa de prova). A atração gravitacional faz com que o objeto se desloque, esticando ou comprimindo a mola. A mudança de comprimento da mola reflecte a atracção gravitacional exercida no objecto. Este tipo de gravímetro serve para realizar medidas relativas, ou seja, medidas que reflectem a diferença na aceleração de gravidade entre duas posições diferentes. Desta forma, o gravímetro necessita ser calibrado a partir de medidas onde os valores absolutos da aceleração da gravidade são conhecidos. O Observatório Nacional oferece suporte instrumental (Gravímetros e Sismógrafos) e de pessoal à projectos de pesquisa e desenvolvimento no âmbito da Rede de Estudos Geotectônicos e demais projectos julgados de interesse.
Os valores de aceleração de gravidade absolutos são determinados por gravímetros absolutos, que utilizam uma massa de prova dentro de um tubo no qual quase todo o ar é retirado, formando um vácuo. A massa de prova, neste caso, sofre queda-livre. Nos gravímetros absolutos modernos, a posição é medida com um interferômetro a laser e o tempo é medido com um relógio atômico. Esses gravímetros fornecem precisão de até 0,002 mGal e costumam ser bem mais caros do que os relativos.
A maioria dos gravímetros relativos modernos possuem molas de quartzo especialmente fabricadas para sustentar a massa de prova. Essas molas são chamadas de molas de "comprimento-zero" e não obedecem a Lei de Hooke. Em vez disso, ela é pré-tensionada pelo fabricante, fazendo com que a força seja proporcional ao seu comprimento.
APLICAÇÕES EM OUTRAS ÁREAS
As medidas de aceleração da gravidade são utilizadas, por exemplo, em estudos Geofísicos para determinar a densidade das rochas, cálculos da ondulação do geoide e em estudos geodinâmicos, nos quais o interesse é mapear a mudança do campo gravitacional terrestre com o tempo. Nestes casos as medidas podem atingir precisões da ordem de microGals. Normalmente, antes da interpretação dos valores medidos pelos gravímetros estes devem ser corrigidos da influência da topografia, usando um Modelo Digital de Terreno e também da variação com a latitude, causada pela forma elipsoidal da Terra. Esta última influência é corrigida pela remoção da aceleração da gravidade na superfície de um elipsoide que melhor se ajusta à forma da Terra, conhecida como gravidade teórica ou gravidade normal e definida por um modelo matemático. Os valores obtidos após as correções são chamados de anomalias gravimétricas as quais são causadas por variações de densidade, de forma e de profundidade das rochas ou de outros objetos que encontram-se abaixo da superfície.
ANÁLISE GRAVIMÉTRICA
A análise gravimétrica é de fácil utilização, suas principais vantagens são o fato de ser simples tanto em questão de aparelhagem quanto em cálculos finais e extremamente precisa quando realizada com cuidado, mais porem sua realização é demorada e com possíveis erros acumulativos (um erro vai acumulando juntamente com outro, formando uma cadeia de erros).
A análise gravimétrica tem por finalidade a obtenção de substâncias mais puras possíveis de uma mistura, através de vários processos de transformação da mistura, assim podendo separar os constituintes da mistura, e deixar qualquer um deles o mais puro possível, utilizando-se a massa da substancia pura para determinar quanto desta tinha na amostra.
Pode-se descobrir a quantidade de determinada amostra em uma mistura de forma indirecta pela massa, separando e purificando a substância química, e usando de cálculos estequiométricos para calcular a sua massa ou sua quantidade real na determinada mistura. Seus cálculos são baseados nos peso atómicos e peso molecular.
A análise gravimétrica é um nome geral para esse tipo de separação de misturas, podendo ser usadas varias técnicas para realização desta análise.
EX: precipitação química, eletrodeposição, volatilização ou Extracção.
Precipitação Química
É adicionada a amostra uma substância a qual reage com a amostra, com a finalidade de formar um precipitado que separe da amostra a substancia a qual se quer purificar.  Para uma maior purificação os precipitados devem ser insolúveis na grande maioria dos solventes, não reagir com o ar ou água e ser fácil de filtrar.
Volatilização
Só pode ser feito na amostra se a substancia a qual se quer purificar for à única volátil. Pode ser de maneira direta ou indireta. Direta quando evaporamos a substancia em questão e usamos outra para absorvê-la previamente pesada, após a evaporação e absorção da substancia em questão pesa-se a substância absorvedora e o seu ganho de peso indica o volume da substância em questão, e de maneira indireta quando evaporamos a substancia em questão e a massa que sobra é pesada, notando assim que o desfalque de massa é a substancia em questão que evaporou.



CONCLUSÃO
Conclui-se então que a análise volumétrica, também conhecida como volumetria, tem por objectivo descobrir a concentração em mol/L de uma determinada solução. Para tal, utiliza-se um conjunto de métodos que já foram testados por vários analistas e que oferecem resultados rápidos, seletivos e específicos. Para cada finalidade usa-se um tipo específico de método indicado oficialmente pela comunidade científica como o mais adequado. No entanto, em indústrias químicas de médio e pequeno porte e em laboratórios, a técnica de análise volumétrica mais utilizada é a titulação. Nas grandes indústrias e em grandes centros de pesquisa, essa técnica não é utilizada porque já existem aparelhos de última geração que fazem as análises das especificidades dos produtos automaticamente.


BIBLIOGRAFIA
http://www.dracena.unesp.br/graduacao/arquivos/quimica_geral/Gravimetria.pdf
1.     TITRIMETRIA, ANÁLISE VOLUMÉTRICA OU VOLUMETRIA; Universidade Federal do Pará - www.ufpa.br
2.      BASSETT, J.; DENNEY, R. C.; JEFFERY, G. H. & MENDHAN, J., VOGEL Análise inorgânica quantitativa,., Editora Guanabara S.A., Rio de Janeiro, 1992.
3.      OHLWEILER, O. A., Química analítica quantitativa, 3a ed., Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1982, vol. 1 e vol 2.
4.     Baccan, N.; de Andrade, J.C.; Godinho, O.E.S.; Barone, J.S., Química Analítica Quantitativa Elementar, 3a edição (3a reimpressão), Editora Edgard Blücher, São Paulo, 2016.
5.     Skoog, D.A.; West, D.M.; Holler F.J.; Crouch, S.R., Fundamentos de Química Analítica, Tradução da 8a edição Norte-Americana, Thomson Learning, São Paulo, 2016.