A REVOLTA DO MUTU-YA-KEVELA
INTRODUÇÃO
A vida e a história de qualquer país começam com o
conhecimento da história cultural do seu povo. Assim é para quem investiga os
problemas complexos da jovem nação angolana, que está, na atualidade, perante o
seu maior desafio como país independente. São muitas as questões enfrentadas,
entre elas a de estabilizar a economia, pacificar os espíritos marcados por
mais de trinta anos de guerra civil, encontrar os rumos da democracia norteada
pelas reformas sociais para diminuir o estado de pobreza absoluta que tem
assolado todo o país, melhorar suas péssimas condições sanitárias e ambientais.
A REVOLTA DO MUTU-YA-KEVELA
Bula Matadi
Houve
um aristocrata (Mwata) que vendo o perigo que corria o seu povo, fez uma guerra
de resistência para que não fossem explorados e dominados pelos portugueses.
Vejamos como se desenrolou a guerra da resistência chefiada por Bula Matadi no
Reino do Congo.
O
povo queria obrigar o rei a expulsar todos os portugueses e assim acabar com as
suas intrigas que enfraqueciam o reino. A revolta foi chefiada por Bula Matadi.
Ele conseguiu mobilizar o povo de todo o reino contra o rei do Congo.
Os portugueses intervieram militarmente ao lado deste rei, conseguindo, depois de muitas batalhas, vencer a resistência. Bula Matadi foi morto no último combate. Ele, apesar de ser aristocrata, foi capaz de lutar pelos interesses do povo. Este herói não deve se esquecido pelo povo angolano. A revolta de 1570 foi uma revolta popular contra a presença dos portugueses e contra os aristocratas seus aliados.
Os portugueses intervieram militarmente ao lado deste rei, conseguindo, depois de muitas batalhas, vencer a resistência. Bula Matadi foi morto no último combate. Ele, apesar de ser aristocrata, foi capaz de lutar pelos interesses do povo. Este herói não deve se esquecido pelo povo angolano. A revolta de 1570 foi uma revolta popular contra a presença dos portugueses e contra os aristocratas seus aliados.
Mutu-Ya-Kevela
Os colonialistas em 1902 tinham ocupado grande parte do território angolano. No planalto alguns comerciantes portugueses conseguiram fixar-se em busca de milho, cera e borracha. Alguns fortes tinham sido construídos no huambo e Bie para apoiar as trocas comerciais e tentar aos poucos a ocupação do local.
Mutu Ya Kevela era soma no tempo do rei Kalandula do Bailundo (1902). Nessa altura grande repressão ordenada a partir do forte do Bailundo. Mutu Ya kevela em 17/04/1902 afirmou ao representante da autoridade portuguesa que não reconhecia essa mesma autoridade. A partir daí Mutu reuniu todos os sobados e reinos do planalto e preparou-se para a guerra. Esta revolta, que se estendeu a todo o interior de Angola, foi contra o trabalho forçado que era praticamente o mesmo que o trabalho escravo.
Os colonialistas em 1902 tinham ocupado grande parte do território angolano. No planalto alguns comerciantes portugueses conseguiram fixar-se em busca de milho, cera e borracha. Alguns fortes tinham sido construídos no huambo e Bie para apoiar as trocas comerciais e tentar aos poucos a ocupação do local.
Mutu Ya Kevela era soma no tempo do rei Kalandula do Bailundo (1902). Nessa altura grande repressão ordenada a partir do forte do Bailundo. Mutu Ya kevela em 17/04/1902 afirmou ao representante da autoridade portuguesa que não reconhecia essa mesma autoridade. A partir daí Mutu reuniu todos os sobados e reinos do planalto e preparou-se para a guerra. Esta revolta, que se estendeu a todo o interior de Angola, foi contra o trabalho forçado que era praticamente o mesmo que o trabalho escravo.
A
revolta chefiada por Mutu Ya kevela paralisou por completo o recrutamento de
pessoas e o comércio por certo tempo. Toda comunidade com o litoral foi
cortada, os comerciantes espoliados e mortos, os fortes foram atacados.
Nesse mesmo ano, Mutu construiu o seu acampamento de guerra a norte do reino do Huambo. As forças reunidas por ele somavam, talvez, os 6.000 homens. Mas a falta de artilharia e número suficiente de armas de fogo criou grandes dificuldades.
Nesse mesmo ano, Mutu construiu o seu acampamento de guerra a norte do reino do Huambo. As forças reunidas por ele somavam, talvez, os 6.000 homens. Mas a falta de artilharia e número suficiente de armas de fogo criou grandes dificuldades.
É de
notar que os portugueses atacaram com três colunas militares, força essa que
conseguiu abafar a revolta. Mutu YA Kevela morreu em Agosto de 1902 em combate.
A prova de que o povo estava mobilizado para essa luta foi que a morte de Mutu
não impediu que a revolta continuasse.
Esta
revolta é mencionada por todos os historiadores da África como uma das grandes
revoltas contra o colonialismo. A luta pela expulsão do invasor colonialista,
pela abolição da escravatura e a exploração, vem de longos anos, como nos
mostra a História.
Por
isso devemos render homenagem a esses heróis que nos antecederam pela sua
bravura, coragem e decisão.
PRINCIPAIS CAUSAS DAS DERROTAS
Consequência
As principais causas da derrota dos autóctones estiveram na base do desequilíbrio material, a fome, a desunião por vezes de alguns reis e a traição de outros
As principais causas da derrota dos autóctones estiveram na base do desequilíbrio material, a fome, a desunião por vezes de alguns reis e a traição de outros
- Os portugueses perderam homens e meios
materiais.
- Os autóctones perderam os melhores filhos, a
destruição de infra-estruturas políticas, económicas e sociais, de uma forma
geral, os retrocessos dos Africanos.
- A colonização dos territórios apoderando-se
de forma violenta das melhores terras, como resultados das derrotas sofrida
pelos africanos.
Concluindo, depois de uma analise e um estudo
feito sobre as consequências, vitorias, derrotas e resistência dos portuguesas
nestes anos da era colonial, ouve muitas perdas, quer na parte dos portugueses
quer nos africanos (Angolanos).
Mas de uma forma geral ficou o exemplo vivo de
patriotismo, de solidariedade e de união nos angolanos.
Não poderia ser diferente a forma adotada pelos
portugueses na ocupação e colonização de Angola, adotando o sistema de
capitanias. A diferença básica é que a capitania foi atribuída ao próprio Paulo
Dias de Novaes.
Tinha trinta e cinco léguas de Costa, começando a contar
da foz do Rio Cuanza para Sul. No interior podia entrar até onde fosse
possível, recebendo ainda outras doações, que poderia escolher sob três
condições: deveriam ser repartidas em quatro partes; entre cada uma delas
haveria pelo menos um espaço de duas léguas; sendo aproveitadas no prazo máximo
de vinte anos a contar da data da posse. O capitão Paulo Dias de Novaes tinha
obrigações como:
1º - defender, povoar e cultivar a terra, sem qualquer
custo à coroa portuguesa;
2º - construir três fortalezas nas terras do domínio real;
3º - explorar toda a costa ocidental da África desde o Rio Cuanza até ao Cabo da Boa Esperança.
2º - construir três fortalezas nas terras do domínio real;
3º - explorar toda a costa ocidental da África desde o Rio Cuanza até ao Cabo da Boa Esperança.
O donatário ficava, contudo, com uma larga margem de
benefícios, porém sem qualquer recurso da coroa. Nestas condições o mercado
escravocrata foi uma opção rentável, além da utilização de todos os recursos
dos rios e portos que nestas terras houvessem. Acreditava-se que D. Sebastião
estivesse decididamente resolvido a aproveitar ao máximo as terras africanas.
Paulo Dias de Novaes tinha ainda a obrigação de estabelecer as famílias
européias na sua capitania, sobretudo agricultores e os mais variados grupos
sociais, independente da procedência na antiga metrópole. Pretendia-se com esta
medida espalhar naquelas terras os costumes europeus e ensinar aos autóctones o
aproveitamento das riquezas naturais. Enfim, era um plano de colonização.
CONCLUSÃO
Concluindo, depois de uma análise e um estudo feito sobre
as consequências, vitorias, derrotas e resistência dos portugueses nestes anos
da era colonial, ouve muitas perdas, quer na parte dos portugueses quer nos
africanos (Angolanos). Mas de uma forma geral ficou o exemplo vivo de
patriotismo, de solidariedade e de união nos angolanos.
BIBLIOGRAFIA
"Iniciação
a história de Angola", ensino de Base 4ª classe, escrito pelo Ministério
da Educação."
Publicado
por Kandimba no domingo, 12 de fevereiro, 2012. Recuperado em 27 de Setembro de
2016