bioquimica

BIOQUÍMICA
A Bioquímica é a parte da Biologia que se preocupa com os processos químicos que ocorrem nos organismos vivos.
A Bioquímica é a parte da Biologia responsável pelo estudo das estruturas, da organização e das transformações moleculares que ocorrem na célula. Essas transformações configuram o que chamamos de metabolismo, que nada mais é do que as reacções extremamente coordenadas que são fundamentais para garantir a sobrevivência, o crescimento e reprodução dos organismos vivos.
metabolismo geralmente é classificado em anabolismo ou catabolismo. No primeiro caso, as reações químicas estão voltadas para a síntese de estruturas moleculares complexas a partir de moléculas simples. Já no caso do catabolismo, as moléculas complexas são degradadas em estruturas mais simples. Vale frisar que os dois processos ocorrem em todas as células vivas.
→ Descobertas bioquímicas
Entre as principais descobertas da Bioquímica que merecem destaque, podemos citar a compreensão da estrutura do DNA  (ácido desoxirribonucleico), o entendimento da importância do gene para a síntese de proteína, a determinação da estrutura das proteínas e a compreensão das vias metabólicas.
O entendimento desses processos foi, sem dúvida, fundamental para o desenvolvimento de várias áreas, tais como a biotecnologia, a medicina e a agricultura. No campo da medicina, por exemplo, podemos destacar a importância dessa ciência no avanço da genética e no entendimento das doenças metabólicas, como diabetes, e até mesmo dos problemas degenerativos. Já no campo da agricultura, o desenvolvimento de variedades transgênicas garantiu um maior sucesso nas lavouras.
Percebe-se, portanto, que a Bioquímica nada mais é do que o estudo da química envolvida em todos os seres vivos, sendo, portanto, fundamental para o entendimento dos processos que permitem a manutenção da vida e o desenvolvimento de técnicas que garantam uma melhor qualidade de vida para todos. Vale destacar que, apesar do grande desenvolvimento da área, muito ainda deve ser estudado, sendo essencial o investimento constante nesse campo de estudos.
Esta área científica resulta da interpenetração de alguns dos campos de estudo da química e da biologia, constituindo-se como uma ciência independente há apenas algumas décadas, já que, até aqui, era considerada apenas como um ramo da química orgânica ou da fisiologia. Para o seu desenvolvimento como uma área autónoma de estudos, foram fundamentais as descobertas que permitiram a caracterização da vida como o resultado de um conjunto de reações entre compostos moleculares, sendo de destacar a comprovação das bases moleculares dos mecanismos da hereditariedade biológica (genética molecular), a identificação do papel fundamental dos catalisadores biológicos (enzimas) na regulação e funcionamento do metabolismo celular, assim como os estudos acerca do dinamismo dos mecanismos de transferência e armazenamento molecular de energia dentro das células.
A bioquímica permitiu (e continua a avançar nesse campo) a racionalização e compreensão dos mecanismos que caracterizam o funcionamento celular e dos diferentes tecidos e órgãos, identificando as moléculas que compõem a célula (as chamadas biomoléculas-glicídos, lípidos, prótidos, ácidos nucleicos e vitaminas), assim como as cadeias de reação entre elas (vias metabólicas), tornando, deste modo, os fenómenos biológicos explicáveis em termos de reatividade química entre moléculas específicas. Estes avanços científicos são importantes já que permitem que alguns desses fenómenos biológicos sejam simuláveis em laboratório, o que traz inúmeras vantagens como, por exemplo, o desenvolvimento e estudo da ação de alguns tipos de medicamentos, antes de estes serem aplicados diretamente nos organismos vivos.
A bioquímica funciona, sobretudo, como uma ciência de base, fornecendo dados para inúmeras outras áreas científicas, como a biologia celular, química orgânica, fisiologia, imunologia, genética, oncologia, química alimentar, etc.. O seu campo de estudo é extremamente vasto, englobando os fenómenos de diferenciação celular, respiração, fermentação, fotossíntese, doenças metabólicas, nutrição, origem da vida, evolução, síntese proteica, produção de hormonas, entre outros, promovendo sempre a caracterização e compreensão das bases atómicas e moleculares da vida, de modo a tornar possível não apenas o seu conhecimento, mas, também, a permitir, usando esses conhecimentos, a manipulação dos sistemas vivos para o alcance de determinados objetivos com interesse para o homem, como o tratamento de anomalias genéticas, doenças metabólicas, desenvolvimento de medicamentos, produção de organismos transgénicos, desenvolvimento de produtos alimentares e de suplementos nutritivos para animais e plantas, ajustamento de solos agrícolas de acordo com as necessidades específicas de culturas, armas biológicas, clonagem, entre muitas outras infindáveis aplicações dos conhecimentos resultantes da investigação bioquímica.
Esta ciência tem evoluído muito rapidamente nos últimos anos, sobretudo devido a grandes progressos dentro do campo das técnicas e da instrumentação científica, permitindo assim, cada vez mais, uma mais ampla caracterização dos fenómenos químicos que suportam a vida.
aspectos da bioquímicas
→ Processos bioquímicos dos seres vivos
No nível bioquímico, apesar da grande diversidade de formas de vida, muitas estruturas e processos são compartilhados por seres vivos bastante diferentes, o que facilita o entendimento da vida como um todo. Todas as espécies, por exemplo, são formadas por elementos básicos, como o carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo, enxofre e moléculas complexas,  que realizam processos químicos para que a energia necessária à sobrevivência seja produzida.
De uma maneira geral, podemos afirmar que todos os organismos realizam quatro processos bioquímicos básicos para que ocorra a manutenção da vida:
→ Síntese de biomoléculas, tais como carboidratoslipídiosproteínas e ácidos nucleicos;
→ Transporte de substâncias por meio das membranas;
→ Produção de energia;
→ Eliminação de metabólitos e substâncias tóxicas.
MACROMOLÉCULAS
As macromoléculas, também conhecidas como sólidos covalentes ou sólidos de rede covalente, são estruturas de massa molar bastante elevada e imprecisa, além de serem formadas por uma grande e indeterminada quantidade de átomos que se ligam covalentemente formando retículos tridimensionais. As macromoléculas formam os cristais covalentes ou cristais atômicos.
Por exemplo, os átomos de carbono podem compartilhar elétrons de várias formas e formar diversas substâncias simples diferentes. A essa propriedade que um mesmo elemento químico tem de formar duas ou mais substâncias simples diferentes é dado o nome de alotropia.
Duas variedades alotrópicas do carbono que formam macromoléculas são odiamante e a grafita. Nas imagens abaixo você poderá ver que, no caso do diamante, cada átomo de carbono se liga a outros quatro átomos de carbono e origina uma macromolécula com estrutura tetraédrica.
Macromolécula de diamante
Enquanto isso, a estrutura da grafita é formada por anéis hexagonais contidos num mesmo plano. Os átomos de carbono realizam uma ligação dupla e duas simples.
Macromolécula de grafite
Mas as macromoléculas não são formadas apenas por um único tipo de elemento; elas também podem ser formadas por átomos de elementos químicos diferentes.
Um exemplo é o dióxido de silício (quartzo), cujas macromoléculas possuem cada átomo de silício rodeado por quatro átomos de carbono e cada átomo de oxigênio ligado a dois átomos de silício.
BIBLIOGRAFIA

FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Moléculas e Macromoléculas"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/moleculas-macromoleculas.htm>. Acesso em 27 de agosto de 2016.