As sociedades africanas face a mudança - Bailundo e Bié

INTRODUÇÃO

BIÉ Bailundo é uma das províncias situada a oeste de Angola e faz fronteira com a província do Huambo entre os rios Kuvo e Kutato, seu povo é Ovimbundu.
Antiga mente contava – se com cerca de 450.000 habitantes dispersos pela mais de 300 aldeias existente e faz parte na sociedade Africana.























DESENVOLVIMENTO

O primeiro ataque do planalto foi em 1645, pelos portugueses quando ainda estavam conservados em Massango e em luta aberta, com a rainha Njinga, da Mutamba.
Ao procurar uma passagem para aquela região, a perceberam – se da densidade populacional existentes até da existência da arma de fogo que a rainha tinha distribuído para evitar as tentativas de ataque e filtração dos território em causa.
O segundo ataque foi em 1660 nova mente recheado.
No meiado do século XVIII, os Portugueses atacaram o reino do Ngalangui, prenderam o rei e estabeleceram em 1769, uma aliança com o rei do Kakonda, que facilitaram a construção do forte do Kakonda-a-Nova.

LOCAL APROXIMADA DAS BATALHAS

Cidades africanas

Congo, Eioje, Matamba Holo, Mbula Catole, Luanda
Tombo  Nzele, Ambaca ngoleme – Kitambo , Cassanje hango, Maconde ndongo, Kabasa, Pungo andongo, Quissama, Muxima , Massangono, Cambambe.
Em 1774, começou a campanha de invasão ao reino de Ciyaka, Ndulo, Cingolo Bailundo.
Como não havia forças para ocupar efectivamente o terreno, eram forçados a abandonar a região e tudo voltava ao princípio.
Em 1778, Portugal conseguiu um aliado de peso no Bié. Aquele estado era governado por Ndjilahulu, os portugueses apoiaram o pretendente Kangombe, colocando-o arbitrariamente no trono e a segurando, assim a neutralidade da região até em 1890.
A segunda coligação formou – se mais tarde em 1856, de novo chefiada pele Ciayaka, compreendendo as regiões de Cingolo e Kalukembe, embora não tenha obtido resultados positivos.

BIÉ

Quando Ciyoka se tornou rei do Bié, estavam criadas as condições para uma aliança contra os portugueses.
 Como resultado do seu reinado conquistou o reino do Ngolangui, construído o forte do Kuango, no reino de Nganguela.
 Ciyoka morreu em 1888, sucedendo lhe o rei Ndunduma Iº do Bié, que renova com a crescida a aliança anterior.
Em 1891, os portugueses decidiram fazer ataque. Dando comando ao Teixeira da silva capitão das tropas, equipadas com artilharia e guiadas por batalhadores bóeres. Ndunduma foi feito prisioneiro e desterrado para cabo – verde, onde morreu.
No Bié foi construído um forte de reino que perde a sua independência.
O Bié é habitado pelos Uvimbundus agricultores, caçadores de gados e ferreiros. A sua agricultura prosperava permitindo produzir excentes, que foram utilizados no comércio com os povos vizinhos. Essa prosperidade económica permitiu uma maior consolidação do poder políticos dos diferentes reinos existentes, nomeadamente:
Huambo – fundada por Wambu Kalunga
Tchiyaka- fundada por Tchilulu – e Ndulo ou Andulo, fundado por Kateculo – mengo.
Existiam ainda outros reinos no planalto do Bié, nomeadamente Ngalanga, Sambu, Tchivula, Tchingola, Tchicomba, Tchitata, Ekekete, Tchicuma e Cululembe.
No final do século VIII, Bié foi o local onde negociava-se produtos alimentares, a parece como um ponto estratégico no caminho que os portugueses encontraram e que os leva até as terras do Lovale. Conhecido pelos africanos que forneciam indicações aos portugueses, esta rede comercial atravessa as terras de poderosos sobas.
O acesso ao planalto do Bié efectuou-se através de Benguela fundada em 1617, e que funcionou como escoador dos produtos transaccionado pelos povos ovimbundo. A região em causa sofreu um surto de desenvolvimento durante o governado de Sousa Coutinho, em que foi desenvolvido um esforço enorme de edificação de novas localidades tentando fixar novas populações de origem europeia com base na exploração agrícola.
No entanto, esta estratégia, devido a importância de que se revestia o tráfico de escravos ao clima e as doenças, que transformavam a zona num autêntico cemitério de Bié europeus não vingou e a presença portuguesa na zona foi-se diluindo progressivamente. Parte das povoações tiveram que ser abandonados até ao meiado do século XIX a independência dos povos locais não sofria constatação por parte das autoridades portuguesas.
A origem e fundação do viye não são bem claras. As contradições sobre sua fundação nem sempre coincidem. Mas existem visões que, atendendo a globalidade da historia dos Ovimbundu e dos seus vizinhos Songos e Lumbes, e sobre tudo os Tchokwe suscitam algumas credibilidade. De entre tantas podemos enfatizar a que concerne o significado e a origem do termo Viye (Bié), que é um contacto que atesta a proveniência do vocábulo «Viye» do imperativo na terceira pessoa do plural, do verbo Umbundu Okwiya isto é, vir.
Em conformidade com esse conto, um soberano do Bié, para resolver o contencioso ou para fazer pagar os súbdito e aos reinos subsidiários os tributos devido ao seu reino, exigia, antes de mais bois. Os soberanos fazia as suas cobranças de imposto ou taxas, usando apenas a expressão «Viye», isto é que venham os bois, depois falamos».
O plano do Bié foi ocupado pelos Ovimbundu, que se ocupavam primordialmente da agricultura. Desde sempre foi a região território de Angola que possuiu maior densidade populacional, o que se reflectiu nos altos níveis de produção alcançados não só do ponto de vista agrícola, mas também artesanal e de exploração mineiro especial do ferro extraído das minas do Andulo.
A mediada em que a produção foi desenvolvendo, foram – se excedentes, que no inicio foram trocados internamente no âmbito do planalto, para mais tarde serem transaccionados com as populações da costa oriental de África. Estes agricultores, artesão, ferreiros, caraneiros de longo curso e grandes guerreiros só muito tarde se organizaram em estruturas políticas autónomas.
Em 1671, nasceu o reino Ndulo (Andulo), organizado por Katekulo – Mengu, chefe.
Os reinos do bailundo, Bié e Kakonda, formaram – se respectivamente em 1750 e  1760 o primeiro pelo chefe Katiavala da Kibala, o segundo por Vie, guerreiro e caçador do Humbe, e o ultimo por Kakonda, um escravo fugindo de Benguela. Alem destes considerados os mais importantes, outros se formaram, sobre tudo no sul do planalto formando um conjunto de pequenos estados, difíceis de identificar e seguramente difíceis de controlar, tal como Ngalangui, Sambu Civula, Cingolo Cikomba, Citata, Ekekete Cikuma, Kalukembe e outros.

ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL

Os reinos do planalto estava dividido em províncias, que são: Tumbos, e estes em distritos.
Cada Tumbo era construído por numerosas aldeias e cada uma delas em bairro. Os chefes de todas estas organizações em os mune.
Os da província eram nomeados pelos reis, os restantes eram nomeados pelos povos. Depois de consultado o conselho de velho de velhos.

ORGANIZAÇÃO ECONOMICA

O estado do Bié era economicamente potencialmente forte no domínio da agricultura, merece das ambulantes chuvas, sendo a produção de milho e feijão muito intensa da criação de gados bovino e ovinos e caprino aproveitavam o leite, as peles e as carnes.
Recolhiam produtos das florestas como o mel e acera, e da caça aos elefantes extraiam o marfim e apele. Sendo Habis utilizadores da metalurgia de ferro, produziam uma serie de instrumentos agrícolas, de caça e defesa que foram úteis em diversas actividades desenvolvida pelos Ovimbundo durante o século da sua existência.
Com abolição de tráfico de escravo a região voltou a merecer a tensão das autoridades portuguesas, mas no sentido da repressão do que da implantação de um projecto de desenvolvimento autónomo. Nesta época, a presença portuguesa circunscrevia – se, a morte as feitorias de Benguela velha, fundada no século XVII, novo redondo, fundado por Sousa Coutinho, assim como Kilombo e Egipto.
As fortalezas encontrava-se em reinos e as respectivas guarnições dificilmente se aventuravam fora das muralhas.
No interior de Benguela encontra-se Catumbela, que atingiu o seu auge económico entre 1864 e 1874, com o comércio da urzela, do marfim e da goma, e do Dombe grande, cercados pelos pastores Dombes, cujo forte foi constituído em 1847.
Para leste, situava – se o forte de Kakonda criado em 1769, herdeiro da antiga Kakonda velha, incrustada mais a oeste, na Hanha e que teve de ser abandonado por se ter tornado insustentável a sua situação. Por último, Kilengues, sudoeste de Kakonda, antiga Salva-Terra de magos que, embora possuísse um requente e alma tropas tal como os resultantes bases, estava a mercê da vontade da autoridade pública dos dirigentes dos povos locas.

REIS DO BIÉ ATÉ AO ANO DE 1890



Vyie (cerca de 1750);
Ueund
Eyambi I
Nzilaluilo I
Kangombe I (corado em 1795)
Kawewe I (1795)
Moma (vasovava II)
Mbandua  I(1833 a 1839);
Kakebembe I (1839 a 1842
Liambula I (1842 a 1847)
Kayangula I (1847 a 1850)
Mukinda I (185 a 1857)
Nguvengue I (1857 a 1859)
Konya Cileno (1860 a 1883)
Njamba  Ya Mina I (1883 a 1886)
Cyioka (1886 a 1888)
Ndunduma I (1888 a 1890)


Em 1876 Ekuike II tornou – se rei no trono do reino do bailundo para se libertar dos produtos agrícolas do Brasil, desenvolveu a agricultura na região.
Em 1876 Rei Ekuike II subiu no trono no reino de Bailundo para se libertar dos produtos agrícolas do Brasil, desenvolveu a agricultura na região.
Aliando o comercio do milho aos dos escravos da cera, do marfim e então também da borra, o bailundo tornou – se no grande potentado comercial do planalto conhecido em toda África negra.
Em 1893, morreu Ekuike II, sucedendo assim Numa II. Em 1896, Teixeira da Silva atacou a capital do Bailundo, deitando fogo, matou Numa II, e reduziu o reino a situação do Bié.

O BAILUNDO

Para controlar eficazmente o comercio no interior de Angola e melhor enfrentar a residência dos Ovimbundo, as autoridades coloniais tinham aliado, a partir de 1620, diversos decretos e leis proibindo o comercio e a penetração no interior de Angola para fins comerciais, mais Sousa Coutinho revogou – os, considerando que a penas tinham favorecido o contrabando.
Na sequência de tais reformas, os comerciantes europeus procuram penetrar profundamente nas áreas rurais. Alguns deles chegaram de construir fortalezas individuais guarnecidas por escravos e servos, recrutados entre os africanos que encontravam nas áreas rurais.
Em resposta a essa penetração e aos movimentos comerciais cada vez mais intensa na sua região, os reis Ovimbundo que não reconheciam o poder e as leis e direitos coloniais, passaram a exigir imposto de ocupação territorial e taxas aduaneiro de circulação de bens comercias.
Face as exigências dos reis Umbundu de introduzir taxas de produção e de impostos aduaneiros aos comerciantes europeus que quisessem atravessar o seu território alguns desses comerciantes aceitaram as condições impostos pelos reis Umbundu mas outros não aceitavam submeter – se ao pagamento de imposto de presença no território e das taxas aduaneiras de penetração e de transacções comerciais no território Umbundu e preferiam retirar-se outra vez para a costa, deixando mais uma vez ao Ovimbundo o monopólio do controlo e do comercio dos produtos do interior para a costa e vice e versa.
Os comerciantes que não aceitaram vivem sob as instituições dos reis africanos levam uma vida muito difícil e uma situação económica muito precária. Os que aceitavam pagar taxa de imposto chegavam inclusive a construir ou a consolidar as suas fortalezas ou presídios guardados por escravos mas com o passar do tempo, e não conseguindo engrenar perfeitamente na estrutura sócio económico Umbundu, esses comerciantes europeus acabavam praticamente por tornar-se vassalos dos Reis Umbundus que se encontravam na zona para melhor controlar o interior as autoridades coloniais passaram a construir fortes.




FORTES CONSTRUÍDAS PELOS PORTUGUESES

Calumbo                                      Pungo Andongo - 1671
Muxima                                       Ndulo                                        Cingolo         
Quissama                                     Bailundo                                    Kakonda         
Amboim                                         Cassongue                                 Lufetena  
N. Redondo                                   Cingolo                                     Huanbo   
Sele Egipto                                    Tchica                                        Sanbo
Benguela                                        Caluquembe                                  Ngaguela 
Citata                                            Catumbela                                   Hanha    
Ou presídio nas áreas rurais. Os novos presídio guardados por militares passaram a ser constantemente atacados pelos Ovimbundu que se recusavam a reconhecer as leis e as autoridades coloniais.
As a tensões e só confrontos que se levantaram entre os Ovimbundu e os comerciantes portugueses e as autoridades coloniais foram – se tornando cada vez mais frequentes e sangrentas e levaram a uma guerra sangrenta na região do planalto central de 1774 a 1778 entre as autoridades coloniais e os chefes tradicionais Umbundu, tendo sido muitos deles mortos ou feitos prisioneiro em muitos dos reinos, incluindo no reino do Mbalundo (Bailundo) e no do Ndulu (Andulo)
Esses conflito, generalizado, foi tão violento para as duas partes que acordaram, pelo menos por algum tempo, engrenar numa envolvência pacífica no respeito ao interesses uns dos outros, numa espécie de aliança de tolerância.
Todavia esta espécie de aliança de tolerância não atenuou os pressupostos da a tensão e das incompreensões. Não obstante a dura experiencia que fica na memória dos Ovimbundu e dos comerciantes portugueses desse período, os conflitos continuaram em diversas zonas do planalto central onde os chefes tradicionais viram nas consequência dessa guerra num apelo a outra guerras num apelo as tragua estratégica, mais não a uma aceitação da rendição, enquanto as tentativa dos portugueses de dominar os Ovimbundu e de controlar o comércio e as riquezas do planalto central redundavam em insucesso.



CONCLUSÃO

Segundo o estudo feito no trabalho, concluímos que Bié e Bailundo, foram os reinos antigos de Angola com homens determinados e progressivos quer seja político e sócio económico.     



BIBLIOGRAFIA

Ø  Livro da 10ª e 11ª de História.
                                                                   



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